O blog publica a última da série de entrevistas feitas com políticos com influência em cidades do Polo de Confecções. As entrevistas foram realizadas pelos jornalistas Ney Lima (também editor deste blog) e Janielson Santos, durante a viagem de ambos a Capital Federal.
Desta vez, o entrevistado foi o Ministro da Educação Mendonça Filho (DEM), que deu seu balanço a frente do ministério e falou também sobre as eleições de 2018, mais precisamente da frente de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB).
Citando o público do agreste, o mesmo pontuou a retomada de obras que estavam paralisadas, parcerias com municípios para construção de quadras poliesportivas, expansão de unidades de universidades e institutos federais entre outras.
“Podemos qualificar como muito positivo e muito produtivo. Em termos de Educação, temos procurado motivar as pessoas, inauguramos alguns debates sobre a qualidade da educação e os desafios da alfabetização, programas de formação de professores como a Residência Pedagógica e o novo Fies, que vai entrar no próximo ano com juro zero para aquele que é de baixa-renda até três salários mínimos; 100 mil contratos ofertados a partir de 18 e a Base Curricular, que estamos finalizando a primeira etapa e o novo Ensino Médio; uma das mais importantes da história da Educação Brasileira” – frisou.
Questionado sobre quais impactos eleitorais no Estado poderiam ser esperados dessas ações como Ministro, Mendonça citou que a sua prioridade seria continuar na Educação, mas quando questionado sobre a a possibilidade de compor uma chapa presidencial com Geraldo Alkmin (PSDB) e até mesmo dentro do estado como candidato a Governador, ele disse:
“Não há caminho definido (quanto a corrida presidencial). Acho muito cedo para se dizer qualquer coisa sobre isso. O meu propósito é discutir Pernambuco com propostas; de como Pernambuco pode melhorar. É claro que, qualquer pessoa que fale com um cidadão hoje no Agreste, na Mata, no Sertão ou na capital ou Região Metropolitana, ele tem a sentença que Pernambuco hoje está mal; que precisa mudar, que não tem liderança ou vigor no comando do estado e que precisa renovar suas esperanças quanto ao futuro. Estou imbuído de um propósito que envolve personagens importantes da política que formam essa frente” – disse.
Entre esses nomes, estariam Armando Monteiro, Edson Vieira, Raquel Lyra, Fernando Bezerra Coelho entre outros nessas discussões e, sobre essa frente de oposições, ele citou:
“Quero contribuir para nesse debate, nessa discussão para que, na hora certa, definirmos qual será a nossa chapa; quem vai liderar o projeto como candidato a governador e quem vai se candidatar ao Senado, nas duas vagas disponíveis, junto com a de vice-governador” – destacou.
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Questionado sobre em que, segundo ele, o Governador Paulo Câmara teria cometido erros a frente do Estado, se estariam na parte política ou administrativa, ele pontuou:
“Não quero entrar em fazer uma avaliação específica de Paulo Câmara. O que quero dizer é que Pernambuco não está bem, que há muita reclamação em áreas importantes de políticas públicas como segurança e saúde e que precisamos discutir o Estado em uma perspectiva de futuro. Essa discussão é que vai definir o melhor caminho para Pernambuco; não é uma discussão de “personalizando o debate”, mas sim que o Estado volte a ter liderança, comando, para que se recoloque Pernambuco na posição de destaque que sempre teve” – ressaltou.
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Na etapa final da entrevista, Mendonça foi indagado se ele, caso fosse o escolhido para ser o candidato a governador pelas Oposições, se teria força de ele unir os palanques existentes em Santa Cruz.
Mendonça evitou falar a fundo desse caso, porém fez referência a nomes de antigos aliados como o ex-prefeito Ernando Silvestre e a ex-vereadora Zilda Moraes. Ainda sobre possibilidade de ele conseguir unir os palanques no município, ele disse:
“Na hora certa, vamos compor o melhor palanque possível em Santa Cruz, que é sempre uma cidade referenciada como positiva e dinâmica, que tem grande importância para a economia de Pernambuco” – concluiu.
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