07
setembro

Coluna – Fiquei Sabendo!


Sorria, candidato – Você está sendo fiscalizado

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Janielson SantosPouco menos de R$ 38 mil. Para ser mais exato, R$ 37.914,76. Esse é o valor estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como limite de gastos para os candidatos ao cargo de vereador em Santa Cruz do Capibaribe. Gostem ou não.

Esse teto orçamentário, divulgado no ultimo mês de julho, contraria a vontade de alguns (muitos) que teriam (e tem) a possibilidade de fazer um maior investimento, por uma das 17 cadeiras da Casa José Vieira de Araújo.

A diminuição nos dias de campanha (de 90 para 45) em relação a pleitos passados, aliada a exclusão de reboques e paredões de som, tem diminuído gastos, é verdade, mas a regra não cabe a todos, que conseguem outros meios para turbinar suas campanhas. Isso sem contar, claro, com as chamadas ‘pré-campanhas’, que já estavam a ‘todo vapor’.

De forma oficial, a fiscalização dos gastos é feita e acompanhada pelo Ministério Público Estadual (MPPE), bem como pelo Juiz Eleitoral. De forma interna, candidatos entendem como ‘lei para ser descumprida’, por considerarem o valor irrisório, quando falamos em disputa eleitoral, na capital das confecções.

Vale salientar que candidatos que excederem os limites com gastos, poderão responder por abuso de poder econômico. Isso pode acarretar no impedimento do recebimento do diploma, ficando sujeito até mesmo a punição de cassação do registro e inelegível por 8 anos.

Político não costuma levar isso a sério. Visualmente, algumas campanhas parecem gastar independentemente dos limites impostos pela justiça eleitoral. Isso desagrada, evidentemente, concorrentes sem tanto poder aquisitivo, muito mais pela iminência de ficar de fora do grupo de eleitos, do que pelo senso de justiça, é bem verdade.

Dentro disso, FIQUEI SABENDO que há candidatos que não pensarão duas vezes, em denunciar e ingressar com ações, após o pleito, caso sintam-se prejudicados (leia-se não eleitos), com os números finais.

“Não ficarei calado, caso note que fui prejudicado por qualquer um deles”, me confidencia um candidato considerado de boa votação. Outro me assegura que isso é pensamento e vontade comum, no palanque.

Especialistas dizem que a justiça eleitoral não poderá coibir tudo e todos. É necessária a contribuição da população e dos próprios candidatos. Seguindo essa linha, e para comprovar que o ‘adversário’ na disputa proporcional encontra-se, muitas vezes, no mesmo palanque, “as ameaças” servem (foram direcionadas) para integrantes do mesmo projeto majoritário.

No fim das contas, mais do que qualquer outra coisa nessa história, me impressionam as reais (altas) cifras de alguns candidatos por uma vaga, quando o salário é visto como pequeno, o trabalho difícil e não recompensador financeiramente.

‘Cá pra nós’, é muito amor pelo povo.

Ou não.

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