Na manhã desta terça-feira (30) os vereadores Ernesto Maia (PSL), Deomedes Brito (PT), Helinho Aragão (PTB) e Carlinhos da Cohab (PSL) comparecem ao Ministério Público para prestar depoimentos sobre o caso que ficou conhecido como a “Farra das Locações”.
De acordo com os vereadores, a empresa KMC Locadora LTDA, que prestava serviços à prefeitura no aluguel de veículos logo no início da gestão do prefeito Edson Vieira (PSDB), seria uma empresa laranja pertencente a funcionários lotados no gabinete do deputado e candidato a reeleição Diogo Moraes (PSB).
Na época, os vereadores denunciaram o suposto esquema e chegaram a coletar evidências que, segundo eles, mostravam que a empresa, sediada no município de Itapetim, não existia no local e também alegaram suposto favorecimento político em prol da KMC, já que Diogo é um dos principais aliados do prefeito Edson Vieira (PSDB).
Em entrevistas concedidas na época, Diogo chegou a afirmar que uma das sócias da KMC Locadora trabalhou sim em seu gabinete, mas que a exonerou assim que soube que ela tinha vínculo com a empresa que locava veículos ao município.
A bancada de Oposição chegou a solicitar que uma CPI fosse instaurada na Câmara, mas que ate o momento não foi instaurada pelo presidente da Casa de Leis, o vereador Junior Gomes (PSB).
Em entrevistas concedidas ao blog, os quatro vereadores disseram sobre o que irão abordar durante as ouvidas com a promotora Dr. Bianca Stella Barroso, do Ministério Público.
“O esclarecimento que tenho para falar diante a promotora Dra. Bianca é só a verdade: que estivemos na cidade de Itapetim e não existia o endereço, a verdade que procuramos a sede e lá era uma granja, que não existia nenhum carro desses trabalhando em Santa Cruz e que não tinha um carro em seu nome”, frisou Carlinhos da Cohab.
“Posso dizer que tem um fato novo e irei relatar a ela (a promotora) esse fato novo que, certamente, poderá esclarecer muito, principalmente a participação do prefeito Edson Vieira neste processo e acho que Santa Cruz do Capibaribe está bem próxima de saber se todos os envolvidos serão denunciados ou não”, frisou Ernesto.
“Como o prefeito colocou que a cidade estava em caso de emergência sem estar precisando, pois estava funcionando a saúde… Tudo funcionando normal, vimos que isso já foi na intenção de se realizar contratos sem fazer licitação, onde procuramos… tinha essa firma em Itapetim, nós estivemos lá, não encontramos o endereço dela, estivemos na Prefeitura, estivemos nos Correios, no Cartório e ninguém conhecia essa empresa”, frisou Deomedes Brito.
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“Vou falar apenas o que sei e o que sei é tudo o que meus colegas comprovaram com as denúncias feitas através deles, que foram a cidade de Itapetim e, de fato, a empresa não existia. O que existia era uma granja naquela localidade, que diziam ser uma locadora de veículos”, frisou Helinho.
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Ainda segundo os quatro vereadores, os depoimentos fazem parte da etapa final das investigações realizadas pelo MPPE e, segundo eles, o relatório final pode ser apresentado nos próximos 30 ou 45 dias.
Os demais vereadores, Galego de Mourinha (PTB), Zé Elias (PTB) e Fernando Aragão (PROS) devem prestar seus depoimentos na próxima quinta-feira (02/10).