07
novembro

Bastidores


 Ronaldo Pacas admite ter votos de sua bancada mesmo com possível composição com adversários para a eleição da presidência da Câmara

 

Em entrevista concedida ao blog, o vereador Ronaldo Pacas (PSDC), falou sobre as polêmicas que vieram junto com alguns de seus posicionamentos em relação ao seu nome estar posto a disputa pela presidência da Câmara.

 

Ronaldo, que alegou não ver problema em receber votos da bancada de Oposição, ao contrário de Dida de Nan (PSDB) e Zezin Buxin (PSDB), já admite ter votos de seus colegas de bancada, mesmo se a possibilidade de receber votos da bancada adversária se cumpra.

 

Nos bastidores, a atitude do vereador em receber votos de adversários do atual governo não é bem vista, sob o argumento da intensa polarização que existe no município e que isso poderia atrapalhar um possível projeto de reeleição em 2016.

 

Fidelidade como argumento para prefeito aprovar seu nome

 

Na entrevista, Ronaldo destacou que um dos motivos que poderiam pesar como argumento para que o prefeito Edson Vieira (PSDB) passe a apoiar seu projeto a presidência seria sua história política ligada ao grupo boca-preta.

 

“Se dizem que a escolha vai ser do prefeito, que ele me escolhesse. Se for por fidelidade, sou fiel a esse partido há 29 anos, coisa que nenhum outro fez. Defendi na rádio, briguei, me processaram, fiz tudo por esse partido. Abracei todos os que vieram de lá (da Oposição) para cá, todos! Estou no mesmo partido e defendi a mesma bandeira”.

 

Procura pelos votos de sua bancada, mesmo com composição com Oposição

 

O vereador admitiu que já teve conversas com colegas de bancada, inclusive citou que dois vereadores (sem revelar quais) já teriam garantido que votariam nele mesmo que ele componha votos com a Oposição.

 

“Pelo menos dois assim se pronunciaram que sim e não fazem rejeição”, frisou. Já sobre a atitude de Zezin, que disse que não aceita receber votos da Oposição, Ronaldo citou que a maioria dos vereadores aceitaria esses votos da bancada adversária.

 

Como o prefeito passaria a enxergá-lo no governo

 

Questionado sobre como o prefeito Edson Vieira passaria a vê-lo no grupo, recebendo possíveis votos de adversários, o vereador foi enfático.

 

“Eu acho que ele iria ver como ele tem visto até hoje: que eu fui o cara que, talvez, tenha dado menos trabalho a ele, tenha menos procurado o prefeito… Eu acho que há a diferenciação dos poderes e aqui nós sempre votamos a favor”, completando que Edson tem mantido com ele uma relação cordial frente aos fatos.

 

“Eu acho que ele vais me ver com bons olhos. Eu acho que o pensamento dele seria: ‘A Câmara está em boas mãos’. Ele não tem o que duvidar”, frisou.

 

Ronaldo citou também que é a favor de meios democráticos para que o nome no grupo seja escolhido como sorteio, pesquisa entre outros, mas enfatizou que não aceitaria um nome por imposição.

 

Conversa para finalizar o impasse deveria partir do presidente

 

Ronaldo destacou que, até o momento, nenhuma reunião foi realizada com a bancada para definir quem seria o nome para a disputa e que ela deveria ser provocada por Junior Gomes (PSB).

 

“Ele (Junior) até agora não sinalizou (que fará a reunião), mas eu vou provocar ele, pode ter certeza. A peça fundamental é ele dizer: “Vamos colocar aqui”, “Vamos sentar, gente!”, “Tem solução ou não tem?”, “Tem consenso ou não tem?”, “O que é que vocês querem?”, “Vamos ao prefeito ou não?”… Se houver um consenso da parte dele, melhor ainda”, pontuou.

 

O recado

 

Questionado se Ronaldo seguiria com o projeto de ser presidente da Casa tendo o apoio da Oposição, de Vânio Vieira e não tendo o aval de sua bancada, Ronaldo foi taxativo.

 

“Aí seria uma coisa gananciosa de dizer… Agora eu tenho também tenho o direito de quem seja o candidato que a minha bancada lançar, disser que me apoia ou não. Se alguém não me apoia, como eu vou apoiar esse alguém?! Tem que sentar em conversar. Se alguém disser que não vota em Ronaldo, como é que eu vou retribuir essa pessoa, eu vou ter que dar o outro lado da face?! É difícil esses momentos, é difícil de aceitar”, frisou.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Notícias Anteriores


Meses Anteriores