25
novembro

Após denúncia, secretário explica contrato entre prefeitura e caminhão que abastece prédios públicos em Santa Cruz

Gilson Julião diz que Ernesto Maia não foi justo e critica “joga para plateia”  

Secretário de Serviços Públicos de Santa Cruz do Capibaribe, pasta responsável pelo controle de abastecimento de água em prédios públicos no município, Gilson Julião, falou na manhã desta sexta-feira (25), sobre a denúncia do vereador Ernesto Maia (PT), durante sessão na Câmara de Vereadores (VER AQUI).

O petista denominou a nova denúncia como ‘A máfia da água’, em que o prefeito, Edson Vieira (PSDB), familiares e secretários estariam se beneficiando de abastecimentos com carros agregados à prefeitura, pegando água da Compesa.

Gilson classificou o caso como ‘denuncismo’ do petista e que o diálogo com a oposição é complicado.

“Esperava que ele fosse um pouco mais justo. Esqueceu de falar que recebemos ele na secretaria, quando esteve procurando informações sobre o abastecimento de água”, disse e completou mais à frente “Mais uma vez que tenta desestabilizar o governo. Momento de crise, e ele poderia estar contribuindo de forma efetiva com a administração. Precisa estabelecer diálogo que, as vezes, é muito difícil por que é só a politicagem, política baixa, injuria e difamação que não tem nada a contribuir e que a população tá cansada”.

Ainda de acordo com Gilson, o contrato entre a prefeitura e o carro, gravado em vídeo, entregando água na residência do gestor, não é de exclusividade, ficando o dono do veículo livre, após entrega de carga obrigatória diária.

“Tem a obrigação de abastecer, por dia, dois caminhões de água. Depois, pode fazer serviço particular como bem entender”, disse e complementa. “Isso é o que prevê o contrato, que é bem esclarecido e entendido sem intenção de prejudicar ou atrapalhar a administração pública”.

Para concluir, o secretário disse que não poderia responder o motivo da água estar, supostamente, sendo pega na Compesa, como mostram os vídeos apresentados pelo oposicionista.

“Como falei anteriormente, ele tem obrigação dessas duas entregas de água para prédios públicos. Isso ele faz, tem o compromisso, e nós temos o controle, com o secretário executivo que está nas ruas. Quanto a água ser pego na Compesa, aí não compete a mim responder em nome de outro órgão”, fala.

Para Gilson, o vereador deveria ainda apresentar todos os elementos e mostrar quem fez a denúncia.

“Jogar para a paleteia, para o público… isso ele faz bem e essa não é minha prática”, criticou.

As afirmações foram feitas durante o Programa Rádio Debate, da Rádio Polo FM.