22
novembro
EDITORIAL – Santa Cruz do Capibaribe ficará sem representantes na Assembleia Legislativa
Tendo como efeito o resultado das urnas e uma recente decisão do TSE, os principais grupos políticos de Santa Cruz do Capibaribe ficarão sem nenhum representante na Assembleia Legislativa. Mas, será que a população realmente vai sentir falta de tal representatividade?
Se formos levar em consideração as atuações dos deputados que tivemos até então, eu creio que não. Deixando claro que eu não estou comemorando nada, vou aqui demonstrar para você que esse efeito foi provocado pelos próprios atores envolvidos.
O deputado Diogo Moraes se manteve no cargo nos últimos 12 anos falando sobre água. Esta semana, foi necessário que o Ministério Público obtivesse na justiça uma decisão para obrigar a Compesa a cumprir com o medíocre calendário de abastecimento, num rodízio vergonhoso, com milhares de residências sendo abastecidas por carros pipa.
Já Allan Carneiro fez em 2022 aquilo que os políticos tradicionais mais fazem: obter votos para o seu projeto pessoal. Allan sabia que não teria votos suficientes em outras cidades para ser eleito deputado estadual. Poderia ter apoiado o Delegado Lessa, por exemplo, ou outro nome que, embora não fosse da cidade, pudesse representar o Polo de Confecções. Fez o que seu ego queria fazer e entrou na disputa na intenção de manter aceso o seu nome para um projeto municipal.
O casal Edson e Alessandra teve, em 2022, a resposta dos vários escândalos de corrupção envolvendo o sobrenome Vieira. Eles colocaram seu grupo político no pior patamar das últimas décadas. Fora os resultados relevantes do mandato da deputada estadual Alessandra Vieira que, até então, são desconhecidos.
A conclusão: Não há o que se comemorar quando uma cidade com mais de 100 mil habitantes fica sem um representante no parlamento estadual, mas há, sim, muito a se compreender.
