03
julho

Coletiva de imprensa revela detalhes sobre operação que resultou na morte de oito suspeitos de matar PM em Santa Cruz


‘Quadrilha era extremamente perigosa’, diz PM sobre oito mortos em confronto com policiais na Paraíba

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Participaram da coletiva o delegado José Rivelino, da Diresp Interior; o tenente-coronel Luiz Brito, porta-voz da PMPE; e o coronel da PM Alexandre Menezes. Foto: Bruna Costa/DP.

A Polícia Militar informou no final da manhã desta quarta-feira (03), que as oito pessoas mortas numa troca de tiros com as polícias pernambucana e paraibana em Barra de São Miguel, na Paraíba, faziam parte de uma quadrilha “extremamente perigosa”. A ação foi feita em conjunto entre os dois estados, na terça-feira (02), e deixou seis homens e duas mulheres mortos, incluindo um rapaz de 17 anos.

As informações foram repassadas durante uma entrevista coletiva, no Quartel do Derby, sede da Polícia Militar de Pernambuco, na área central do Recife. Segundo a PM, o grupo é suspeito de envolvimento num assalto a um mercadinho em Santa Cruz do Capibaribe, que resultou na morte do soldado André Silva.

Na investida, o sargento Moacir Pereira da Silva também levou tiros. Atingido na cabeça, braço e virilha, ele foi internado no Hospital Regional do Agreste, em Caruaru, em estado gravíssimo, segundo a PM. As investigações apontam que os dois policiais foram vítimas de disparos da espingarda.

PM fez apresentação sobre o confronto entre policiais suspeitos de assalto, no interior da Paraíba. Foto: Bruno Fontes/TV Globo.

Segundo o tenente-coronel Luiz Cláudio Brito, as oito pessoas foram mortas porque “não estavam dispostas a se entregar”.

“Mesmo com a voz de comando, cerco policial e helicópteros, eles empreenderam fuga da casa onde estavam. Dois carros esperavam por eles”, diz Brito.

 

Para o oficial, a meta da quadrilha era pegar o dinheiro desse assalto para investir em mais armamentos que seriam usados em um roubo maior.

“Esse tipo de quadrilha não se contenta com pouco dinheiro. Isso foi apenas uma preliminar. Eles iriam atrás de valores que já estavam acostumados, como R$ 700 mil, levados em outras investidas”, conta.

As investigações sobre o assalto ao mercadinho são conduzidas pela polícia de Pernambuco, enquanto as apurações a respeito do confronto entre a PM e os suspeitos ficam a cargo da corporação na Paraíba. Parte das vítimas do assalto reconheceu alguns dos mortos no conflito, de acordo com os policiais pernambucanos.

Segundo o delegado Rivelino, as investigações precisam avançar mais para cravar determinados detalhes – Bruna Costa/DP.

Uma força-tarefa formada por policiais militares de Pernambuco e da Paraíba chegou aos nomes dos suspeitos. Um deles é o vereador da cidade de Betânia, no Sertão pernambucano, Andson Berigue de Lima (PP), de 29 anos, conhecido por “Nanaca”. Ainda de acordo com a PM, ele tinha passagem pela polícia por posse e adulteração de armas. A prefeitura do município emitiu nota de pesar por causa da morte dele.

Nanaca era irmão do homem apontado pela polícia como sendo o líder da quadrilha, José Adson de Lima, conhecido como “Galego de Leno”. Ele é acusado de participar, em 2018, do sequestro de um gerente de banco na cidade de Custódia, no Sertão pernambucano.

Além do vereador Nanaca e seu irmão Galego, são suspeitos de integrar o grupo morto o primo dos dois rapazes, Wedys Souza Vieira (22 anos), conhecido como “Edys de Gevan”; Marcela Virgínia Silva do Nascimento (32 anos), apontada como namorada de Galego; Reniere Alves de Souza (32 anos), viúva de um criminoso de Alagoas que também assaltava bancos; José Pedro Agostinho da Silva (30 anos); Manoel José de Lima (37 anos) e um adolescente de 17 anos.

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Fonte: G1 Pernambuco.

Fotos: TV Globo e Diário de Pernambuco.

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