Será realizada nesta sexta-feira (28), na Câmara de Vereadores, a entrega do Título de Cidadão ao conhecido vendedor ambulante “Benedito do Sorvete”.
Benedito Pereira de Gois, hoje com 74 anos, nasceu no distrito de São Domingos (de Brejo da Madre de Deus) e se tornou uma das figuras culturais e icônicas de Santa Cruz do Capibaribe graças à venda, com muita simpatia e o bordão “Óia o sorveeeeete!”, do produto ao longo de quase cinco décadas.
O requerimento que solicitou a entrega do Título foi de autoria dos vereadores Helinho Aragão (PTB) e Carlinhos da Cohab (PSL).
Benedito foi tema de uma das reportagens da terceira edição da Revista Capibaribe, com título “O sorveteiro mais simpático do Brasil”.
A solenidade, que será aberta ao público, acontece a partir das 19h.
Confira a matéria publicada na Revista Capibaribe, na íntegra:
O sorveteiro mais simpático do Brasil
Uma das figuras “folclóricas” mais conhecidas de Santa Cruz do Capibaribe é sem dúvidas o sorveteiro Benedito Pereira de Gois, o Benedito do Sorvete. Hoje com 74 anos, Benedito, que nasceu em São Domingos, distrito de Brejo da Madre de Deus, está há 44 anos vendendo o seu sorvete temperado com uma boa dose de simpatia e descontração.
Pai de 15 filhos, 12 já falecidos, Benedito começou a trabalhar vendendo bolo, cocada e sequilhos em um pequeno tabuleiro que carregava na cabeça pelas ruas da cidade. Passou um tempo fabricando fogos de artifício, até que decidiu vender picolé, que foi a porta para o sorvete, produto que vende até hoje.
Benedito chegou a criar um bloco que desfilou por três anos no carnaval de Santa Cruz. Sem precisar os anos, ele lembra que, na gestão do ex-prefeito Aragãozinho, se inspirou no bloco Bacalhau do Batata de Olinda e criou o Bacalhau na Vara. Ele recorda que saía sozinho pelas ruas com um bacalhau espetado em uma vara, carregando sacolas com verduras. Outros foliões se juntavam a ele e a animação estava feita. Ao final do desfile, o bacalhau era servido como “tira-gosto”.
De acordo com Benedito, seu grande prazer é poder vender sorvetes pelas ruas da cidade e receber o carinho do povo.
“O maior prazer que eu tenho na minha vida é vender sorvete. Só deixo de vender quando não puder mais empurrar o carrinho. O meu sorvete é a tradição de Santa Cruz do Capibaribe” disse o bem-humorado sorveteiro.
Mais do que merecido, demorou mais ta valendo, Parabens. Esperamos que outras figuras como “Bode Catanha”, acredito que seja o barbeiro mais antigo na profissao; “Ze de Manu”; “Aluminio”; Frieza sorveteiro; “Azedo da Tapioca”; “Lula do Bar”; “Fabin cade o trio”; “Pratinha” e muitos outros.