09
março

Terceira reportagem da nova série do blog!


Feira de mangaio

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O choro sincero da despedida

Comerciantes mais antigos se prendem à história da feira

 

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Ao falar da mudança, inevitavelmente, ‘Seu Gerônimo’ vai às lagrimas. Fotos: Thonny Hill e Janielson Santos

Continuando com a série “Feira de Mangaio – Novas Páginas de uma Cativante História”, o blog do Ney Lima mergulha um pouco no passado da feira, através de dois de seus protagonistas mais antigos: Gerônimo Amaro da Silva e Valdemar Laurentino da Silva.

 

O primeiro deles tem uma história superior a 40 anos em que seu ponto de trabalho, e conversas com amigos, é o mesmo: Avenida Padre Zuzinha, Centro de Santa Cruz do Capibaribe, onde vende frutas semanalmente.

 

“Seu Gerônimo” (70 anos, residente no distrito de São Domingos, de Brejo) vivenciará, a partir da próxima semana, assim como vários outros comerciantes de Santa Cruz do Capibaribe e de outras Pernambuco afora, um novo momento da feira, que passará a funcionar na Central de Feiras e Mercados, no Bairro São Cristóvão, às margens da PE-160.

“Não aguento nem falar em sair daqui”, diz emocionado.

 

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Enquanto lembra alguns detalhes da feira na década de 70, ‘Seu Gerônimo’, se orgulha em dizer que já vendeu ‘todo tipo de fruta’, de onde tirou ‘o pão de cada dia’, de sua família.

 

“Ainda não me acostumei com isso. Eu vou. Sou de todo acordo. Mas, vontade não tenho”, diz.

 

O sentimento de ‘Seu Gerônimo’ não difere do de Valdemar Laurentino da Silva (“Valdemar Gangarro”), vendedor de ferragens e miçangas, acostumado a rotina semanal de mais de 60 anos no local.

 

“Herdei do meu pai e hoje meu filho vende por aqui, também”, diz.

 

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Valdemar Laurentino (a esquerda) e seu filho (centro) mostram que a profissão de feirante segue firme em seguidas gerações

IMG_5293Torcendo para que o novo local melhore a economia, não esconde, porém, o saudosismo e o desejo de permanecia.

 

“O que eu vou sentir é saudade. Isso resume. Torço para que tudo dê certo, mas uma feira de 100 anos acabar de uma hora para outra, é uma tristeza”, fala.

 

A tradição terá que seguir, agora, em outra localidade.

Um Comentário

  1. Fabio disse:

    A feira no centro também era cultura.
    Como existe feiras de rua que fazem parte da história de cidades como BH.

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