12
julho

Artigo – Por Adriano Oliveira


Eleição “já perdida”

adriano oliveira

Qual é a eficiência do Marketing eleitoral? Supervalorizamos o Marketing eleitoral em detrimento da compreensão da conjuntura eleitoral. Defino o Marketing eleitoral como um conjunto de estratégias de comunicação que tem o objetivo de influenciar a escolha do eleitor. Na conjuntura eleitoral encontramos os desejos e os sentimentos dos eleitores.

O Marketing eleitoral eficaz nasce da interpretação adequada da conjuntura eleitoral. Neste caso, o Marketing eleitoral não é apenas uma boa ideia advinda de um publicitário ou estrategista criativo. A boa ideia deve nascer, obrigatoriamente, da interpretação da conjuntura eleitoral. Por vezes, e este é o grande dilema dos profissionais que gerenciam campanhas eleitorais, o Marketing eleitoral não tem força para mudar a cabeça dos eleitores que estão imersos na conjuntura eleitoral. Nesse caso, existe a eleição “já perdida”.

Uma eleição “já perdida” é aquela em que o estrategista, através de diversas pesquisas qualitativas e quantitativas, identifica que os eleitores não desejam mudança. Sendo assim, o prefeito deve ser reeleito. Dessa forma, o candidato da oposição, mesmo tendo estratégias adequadas, não conseguirá interferir fortemente em parte do desejo dos eleitores.

Os valores dos eleitores formam a cultura eleitoral do município. Prefeitos mal avaliados acusados de corrupção podem vencer a eleição, em razão de que a cultura eleitoral local é caracterizada pela fragmentação das cores. Isto é: uma parte do eleitorado é azul e a outra é vermelha. Além disto, o “voto de estrutura” e o Marketing eleitoral têm o poder de conquistar os eleitores indiferentes. Eleitores podem desejar “dar uma chance” a candidatos. Este desejo surge no eleitorado em razão de que o candidato que deseja a chance já disputou várias eleições para prefeito.

A interpretação da conjuntura eleitoral é ato contínuo. A verdade eleitoral, ou seja, quais as reais chances do candidato, pode aparecer a qualquer instante. Cabe ao estrategista identificar o quanto antes as reais chances de sucesso do candidato. Portanto, informar com antecedência as chances de derrota do candidato é função de estrategistas sábios.

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