25
abril

Artigo – Por Adriano Oliveira


adriano oliveiraQual será a estratégia de Temer?

 

Paul Manafort é o novo estrategista do presidenciável republicano Donald Trump. Manafort sugeriu que Trump passasse a ser disciplinado. Não sei o que significa candidato disciplinado para Paul Manafort. Mas desconfio que o novo estrategista de Trump lhe aconselhou a não ser  sincero em demasia e abandonasse as polêmicas.

Michel Temer, o provável novo presidente da República, deveria, assim como fez Donald Trump, mudar de estrategista ou contrata um. Temer, aos poucos, é engolido pelos realismos eleitoral e econômico. Em razão disto, Michel Temer precisa ser estratégico. Pois se assim não for, corre o risco de ser uma decepção.

A presidente Dilma Rousseff deixará um grande desafio econômico para Temer. Reconheço que a presidente Dilma tentou fazer no início de 2015 as reformas liberais que o Brasil precisa. Mas a falta de liderança da presidente e a indisposição dos partidos de oposição possibilitaram que as reformas não fossem feitas. A oposição temia que as reformas possibilitassem que o Brasil retomasse o rumo do crescimento econômico e o PT fosse beneficiado na eleição de 2018.

Hoje, certamente, o PT tem essa mesma preocupação. As reformas liberais que o Brasil precisa caso sejam implementadas por Michel Temer podem favorecer o PMDB na eleição presidencial de 2018. Contudo, faço uma ressalva: em 2015, a presidente Dilma tinha tempo para obter os benefícios eleitorais das reformas liberais, após os custos advindos da aprovação de tais reformas. Michel Temer tem semelhante tempo?

A paralisia de Michel Temer em seu futuro governo lhe trará impopularidade, assim como reforçará a tese de que o impeachment da presidente Dilma foi um golpe. A não paralisia também. Mas se as medidas econômicas do provável presidente forem implantadas, ele poderá obter popularidade e, claro, sucesso eleitoral em 2018.

Michel Temer pode não vir a ser reeleito em 2018. Mas ele tem condições de ser reconhecido, após o seu curto mandato presidencial, como o presidente da República que recolocou o Brasil nos trilhos do desenvolvimento social e econômico. Mas Temer precisa optar em ser estadista ou candidato à reeleição. As duas opções não são excludentes. Mas o estadista não se preocupa com a impopularidade. O candidato à reeleição sim. Portanto, qual será a opção estratégica de Michel Temer?

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