21
agosto

Artigo


O líder político

 

Pesquisas mostram que majoritariamente o governo da presidente Dilma Rousseff é reprovado pelos eleitores. O olhar atento para a primeira era Dilma e para o início desta era mostra que a presidente sofre de paralisia e de déficit de empatia entre os eleitores. A paralisia permite que Dilma não decida e quando decide o momento adequado para a decisão não mais existe. Portanto, existem razões objetivas e subjetivas que motivam a falta de apoio eleitoral a presidente Dilma Rousseff.

 

A falta de apoio eleitoral justifica a defesa da renuncia da presidente Dilma Rousseff? Esta pergunta é mais importante do que as causas que motivam os eleitores a reprovarem majoritariamente. Gestores públicos ao assumirem o mandato caminham numa trajetória. Durante o percurso, crises acontecem. Elas interferem na popularidade dos gestores. Por causa das crises, alguns gestores adquirem a reprovação dos eleitores. Outros conseguem superar crises sem perder popularidade.

 

Os gestores que perderam popularidade podem recuperá-la e, inclusive, serem reeleitos. Outros podem ser condenados definitivamente pelos eleitores. Mas observem que gestores mal avaliados não estão obrigatoriamente condenados pelos eleitores. Estes podem dar uma nova chance ao gestor que foi impopular. No caso, optam por reelegê-lo. Portanto, a reprovação do gestor é conjuntural.

 

A defesa da renúncia da atual presidente da República poderá criar, caso ela opta por tal, a jurisprudência eleitoral. O que é jurisprudência eleitoral? Gestor público reprovado pela opinião pública deve, obrigatoriamente, renunciar ao seu mandato. Então, se o próximo presidente da República estiver com alto percentual de impopularidade no decurso de mandato, ele deve, em virtude da jurisprudência eleitoral originada anteriormente por pressão de vários atores, renunciar ao mandato.

 

Eleitores têm o direito de solicitar a renuncia da presidente Dilma, pois eles estão decepcionados e ressacados. Parte dos eleitores está decepcionada com Dilma por desejar o retorno das condições econômicas da era Lula. Outros estão ressacados com o PT e com Lula em virtude das denúncias de corrupção contra eles e do antipetismo, o qual não surgiu na era Dilma. Desde a eleição presidencial de 2006, o antipetismo é observado em parte dos eleitores.

 

Políticos também têm o direito de solicitar a renuncia da atual presidente da República. Porém, ao contrário dos eleitores, políticos precisam exercer liderança e não agir por oportunismo eleitoral. Líderes políticos são estrategistas, ou seja, não agem guiados, exclusivamente, pelos desejos momentâneos dos eleitores. Líderes políticos são futuristas, pois enxergam na reprovação de presidentes oportunidades para o sucesso eleitoral sem colocar em risco o futuro econômico e social do país.

 

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