09
maio

Tem ou não tem? – ‘São João da Moda 2019’ é posto em xeque por oposicionistas em Santa Cruz


Polêmicas envolvendo o São João da Moda 2019, em Santa Cruz do Capibaribe, estiveram presentes na maioria dos discursos oposicionistas, durante o uso da tribuna na tarde desta quinta-feira (09), na Câmara. Vereadores aproveitaram o momento conturbado que atravessa a gestão municipal, para pontuar críticas.

“É pra fazer um São João e deixar as crianças comendo bolacha com suco?”, questionou Carlinhos da Cohab, após críticas à merenda em escolas municipais depois de visitar algumas unidades de ensino.

Logo em seguida, Carlinhos foi ainda mais pesado ao lembrar denúncia contra o ex-gestor de eventos, Cláudio Soares, envolvido em denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

“Estou vendo que o promotor de justiça vai colocar água no chopp… O São João que era onde estava tirando o dinheiro da safadeza, do roubo…”, disse e acrescentou pouco depois, citando Cláudio, “limpou a mão nos cofres públicos, em quase meio milhão de reais”.

O líder da oposição, Ernesto Maia, atrelou dificuldades da prefeitura, em cumprir com pagamentos, a supostas contratações de servidores que serviram, segundo ele, para a campanha da deputada estadual, Alessandra Vieira (PSDB), primeira dama do município.

“População fica numa total incerteza (sobre a festa). Tudo isso por que a prefeitura contrata demais. Colocou muita gente para trabalhar sem precisão, para servir de cabos eleitorais da esposa do prefeito. Está numa desorganização financeira e quase ninguém quer fazer negócio com a prefeitura”, disse.

Já o vereador Capilé, declarou “prefiro não ter São João e ter, ao mesmo, o básico garantido pela constituição brasileira”. Ele fez a ponderação, após garantir que acompanhou um parente na UPA e, segundo ele, não tinha um lençol para forrar a cama. Além disso, argumentou com a ‘falta de remédios em postos de saúde e ruas esburacadas’.

Ronaldo Pacas fez questão de dizer que é favorável à realização da festa, mas pediu mais ‘transparência’ da gestão, ironizando que os dados apresentados sobre os últimos eventos ‘nenhum Osvald de Souza’ (famoso matemático), explicaria.

Por fim, Marlos Melo afirmou que ‘caso não aconteça o São João, a responsabilidade será do prefeito’, falando de medida judicial que impede a prefeitura de realizar festas, enquanto estiver em débito.

Marlos ainda falou do projeto que tramita na Câmara, onde a prefeitura pede uma ‘suplementação para eventos’, no valor de R$ 500 mil, se mostrando favorável à medida.

“Talvez, ele tenha feito a suplementação para jogar a culpa nos vereadores, se não tiver São João”, falou.

Nenhum vereador da bancada governista falou sobre o tema. Durante a 14ª Sessão Ordinária, faltaram os vereadores Zezin Buxin e Nailson Ramos.

Decisão judicial – Desde o fim do ano passado, o município está impedido, por uma decisão liminar, de realizar gastos com eventos festivos enquanto as finanças estiverem em atraso no que compete a pagamentos com salários dos servidores, repasses previdenciários, obrigações com as empresas terceirizadas, além do repasse de valores retidos dos servidores para pagamento dos empréstimos consignados.

Adiamentos – A prefeitura adiou, por duas vezes, o lançamento oficial da festa. Inicialmente, estava previsto para a terça-feira (07), depois para quinta-feira (09). Após novos questionamentos, a prefeitura informou, através de nota, que prestará explicações à justiça e posteriormente divulgará nova data.

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