08
setembro

Ponderação – Coluna do Janielson Santos


Solução de um povo não reside no grito, em arma de fogo nem na ponta da faca

 

“Eu discordo do que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”. Frase atribuída ao filósofo francês Voltaire, sintetizando o direito da livre expressão, está cada vez mais distante do nosso cotidiano.

Esta semana, uma tentativa de homicídio contra o presidenciável Jair Bolsonaro (repercutido desde então em todas as mídias do país) deixa evidente o resultado trágico quando o descarte dessa colocação é levada ao extremo. Em depoimento à polícia, o agressor disse ter cometido o crime por ‘discordar das ideias do candidato’ .

Sou um crente da mudança de ideias pelo convencimento e acredito, piamente, no poder do diálogo. Se não for desta forma, não será pela faca, arma de fogo ou por qualquer outro meio brutal.

Deixando de lado teorias conspiratórias, atribuições políticas ainda não confirmadas, triste relativismo da violência, ‘memes’ e piadas desnecessárias, acima de tudo contra um ser humano, ficou claro que a faca não é o caminho. O episódio deixa evidente que a violência não é o caminho. A intransigência, o desequilíbrio, o extremo, o fanatismo, a intolerância não são caminhos resolutivos para absolutamente nada.

Não é preciso esperar para fechamento das urnas e contagem dos votos, para perceber que esta eleição ficará marcada na história deste país. Todo seu desenrolar, sua narrativa construída na insegurança jurídica, na expansão da ‘fake news’, no descrédito da massa e numa tentativa de homicídio a um dos candidatos, entre tantas outras coisas, o torna um dos pleitos mais emblemáticos de todos os tempos.

O peso eleitoral, deste fato mais recente, ficará conhecido nos próximos dias. Torço primeiro que a recuperação do Bolsonaro seja plena e breve.

Que uma faca tenha serventia de, no máximo, descascar uma laranja. Ela jamais deve ser usada para limitar a vida de qualquer ser humano ou mudar os rumos e história de uma nação. Longe de qualquer tipo de violência, precisamos ver Bolsonaro perdendo ou vencendo a eleição sob a vontade popular, de forma justa, limpa e democrática.

As opiniões e informações aqui expressas são de responsabilidade de seu idealizador

 

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