11
fevereiro

Artigo – Por Adriano Oliveira


O QUE É O NOVO?

 

Na eleição municipal de 2020, o candidato-novo estará novamente presente nas estratégias eleitorais dos candidatos. Tal denominação começou a existir fortemente na fala de variados atores após as manifestações de junho de 2013. É comum ouvir por parte do mundo da política que o eleitor deseja o novo

O que é o novo? O candidato-novo é aquele que não faz parte da política tradicional e usa as redes sociais para conquistar o eleitor. Esta definição serve para os atores que competem por vagas no Parlamento e pela conquista de um mandato no Executivo.

A última eleição para a Câmara dos Deputados teve taxa de renovação de 47,3%, a maior desde 1986. Este é um indicador que sugere, a princípio, que o eleitor desejava o novo. Entretanto, 56,5% dos candidatos à reeleição foram reeleitos para a referida casa legislativa. Um em cada 5 eleitos para a Câmara Federal assumiu o mandato pela 1° vez. 147 parlamentares já exerceram algum cargo público, exceto o de deputado federal.

Os dados apresentados sugerem a fragilidade da hipótese de que o eleitor, majoritariamente, deseja o candidato-novo. Porém, tenho uma nova tese. Parcela do eleitorado, independente do município e da eleição, deseja o candidato-novo, pois este representa a origem de uma nova ordem política.

José Amaro é prefeito de Marte e tem baixa aprovação popular. A sua família domina a política municipal há 20 anos. Neste contexto é possível encontrar eleitores dispostos a elegerem o candidato-novo. Tal evidência foi verificada na última eleição presidencial. O PT e o lulismo estava há muito tempo no poder e foram atingidos por diversas denúncias de corrupção. Por consequência, parcela do eleitorado optou pelo candidato-novo, Jair Bolsonaro.

O candidato-novo real não é, necessariamente, novo, conforme o conceito exposto no início deste artigo. Ele representa o rompimento da ordem presente e o início da nova ordem. Antes, a ordem, no exercício do poder, era lulista. Hoje, a ordem é bolsonarista. Portanto, em 2020, ser o candidato-novo não significa sucesso eleitoral imediato. E nem sempre o candidato-novo é verdadeiro. Por fim, alerto que as redes sociais são instrumentos necessários na execução da estratégia eleitoral. Mas não o único instrumento.

 

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