21
novembro

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A crise e a eleição de 2016

 

adriano oliveiraA intenção de voto dos candidatos preocupa fortemente os competidores. A lógica dos pretendentes a vencer a eleição é simples: quem está na frente hoje, é e será o melhor candidato amanhã. Presente e futuro são importantes na dinâmica eleitoral. A compreensão do presente requer olhar para o futuro. E a interpretação do futuro requer olhar para o presente.

 

Os candidatos que hoje lideram, não serão, obrigatoriamente, candidatos competitivos no futuro. Os candidatos que hoje não lideram poderão ser fortes competidores no amanhã. Portanto, a intenção de voto, neste instante, tem a função de um circo, ou seja: animar candidatos. A definição da potencialidade eleitoral futura do candidato requer, necessariamente, a interpretação da conjuntura em que a eleição ocorrerá.

 

A conjuntura é o espaço temporal onde competidores buscam conquistar eleitores.  Na conjuntura, os eleitores expressam desejos futuros em relação à cidade e sentimentos para com os candidatos. A interpretação da conjuntura presente ocorre através de pesquisas qualitativas e quantitativas, as quais possibilitam a identificação dos desejos e sentimentos dos eleitores.

 

A interpretação da conjuntura futura ocorre em razão da interpretação da conjuntura presente. Desejos futuros e sentimentos dos eleitores – os quais expressam esperança, olhar para o futuro, renovação, mudança, resgate do passado – são detectados através de pesquisas realizadas no presente.

 

O que os eleitores desejarão em 2016? Os governadores serão grandes eleitores em 2016? As eleições municipais de 2008 e 2012 foram disputadas sem a presença de crises política e econômica. Entretanto, a eleição municipal de 2016 tende a ser disputada com crise econômica ou com lenta recuperação econômica. Ao olhar para a economia pernambucana, os candidatos disputarão a eleição com crise econômica também instalada em Pernambuco ou com lenta recuperação econômica, donde esta poderá ocorrer caso aconteça a recuperação da economia brasileira.

 

Nas eleições municipais de 2008 e 2012, o então governador Eduardo Campos, dentre outros governadores, foram sujeitos estratégicos que incentivaram a escolha dos eleitores em diversos municípios. Caso a crise econômica nacional permaneça, talvez os governadores não tenham a importância estratégica que tiveram nas eleições municipais anteriores. Portanto, candidatos a prefeito, ou candidatos à reeleição, devem, neste instante, desprezar a intenção de voto, e olhar com atenção especial para a conjuntura vindoura. Ou seja: em qual conjuntura a eleição municipal de 2016 será disputada? A resposta a esta indagação sugerirá estratégias eleitorais vitoriosas.

 

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