Pois meus amigos, confesso estar surpreso com os comentários que ando escutando. Em se confirmando estas conversas, jamais imaginaria, de sã consciência é claro, que um prefeito pudesse recusar, isto mesmo, recusar (a palavra é esta) receber recursos destinados ao município.
Estou falando sobre a possibilidade do prefeito Edson Vieira, não aderir ao Convênio do consórcio CONIDER e, assim, não poder utilizar as máquinas da Usina Asfáltica na nossa cidade. Fico pensando: Será que Santa Cruz não é mais aquela cidade com ruas e avenidas esburacadas, muitas delas ainda por receber pavimentação? Será que mudamos de nome, viramos uma “Passargadas” e eu não sabia? Ou será que o nosso prefeito é o “dono” da cidade, ou melhor, o Rei soberano que faz o que quer e o povo que “aceite que dói menos”?
Honestamente, não quero acreditar que este governo está perdendo emendas e equipamentos, prejudicando o povo, simplesmente porque estes investimentos foram destinados por um adversário político.
Ainda mais, você sabe qual o custo para asfaltar uma avenida ou uma rua no seu bairro, caso nossa prefeitura estivesse conveniada com o consórcio? Somente o pagamento da mão-de-obra, ou seja, a administração ganha a utilização das máquinas e o asfalto, pagando apenas a mão-de-obra. Isto significa que asfaltar uma rua neste sistema, custaria cerca de 30% do valor real de uma firma contratada por licitação.
Mas vamos em frente, porque acredito que estas conversas sejam apenas boatos. Uma atitude destas, para um político, é um verdadeiro tiro no pé.
Recusa ou incompetência
Por falar na tal desistência do asfalto, lembrei de outras “recusas já confirmadas”, não menos importantes deste governo, que tiveram origem, tanto de adversários, quando de aliados e que resultaram prejuízos, até agora, de cerca de R$ 6,5 milhões de reais;
Recusa ou incompetência II
A primeira que me lembro se refere a três Passagens Molhadas – (1ª Entre a Avenida Padre Zuzinha e Vila Augusta, acesso ao distrito de São Domingos; 2ª no Bairro Rio Verde, acesso ao distrito de São Domingos; 3ª no Bairro São Jorge, sobre o Riacho Tapera, dando acesso ao Bairro Malaquias Cardoso);
Recusa ou incompetência III
Outro recurso perdido por recusa ou incompetência administrativa, trata-se da Emenda Parlamentar nº 27.220.010, destinada a Estruturação da Rede de Serviços de Proteção Social Básica – AQUISIÇÃO DE VEÍCULO (S) E EQUIPAMENTO/MATERIAL PERMANENTE;
Recusa ou incompetência IV
Perdemos também os recursos para a construção de uma Policlínica, porque o prefeito quis mudar o objeto da emenda (ele não queria uma Policlínica);
Recusa ou incompetência V
Por não responder uma diligência do Ministério da Saúde, com prazo determinado, a cidade perdeu R$2,4 milhões de reais, para a construção do Centro de Imagens.
Recusa ou incompetência VI
Também foram perdidos recursos oriundos de emendas do senador Jarbas Vasconcelos e dos deputados Paulo Rubem Santiago e Mendonça Filho, na ordem de R$2,2 milhões de reais, para a Saúde.
Recusa ou incompetência VII
Desta forma, se somarmos tudo, incluídos os valores referentes aos insumos para asfalto, o que perdemos até agora totaliza cerca de R$13 milhões de reais.
Recusa ou incompetência VIII
Na verdade eu acredito que sejam as duas coisas juntas – recusa e incompetência – porque as emendas que não tiveram a intervenção do município, não dependeram dos humores do prefeito saíram e as obras ou equipamentos estão sendo executadas ou já foram adquiridos. Leia-se Agência do INSS e Equipamentos do CONIDER-PE.
Politicagem
Não fosse todo este desmando, toda esta incompetência, que nos fez perder milhões e milhões de reais, ainda estamos sofrendo um “calote eleitoral” (o termo está em moda). A PE160 não terá suas obras da tal duplicação iniciadas tão cedo. Digo iniciadas e não reiniciadas, porque nem sequer começou.
Politicagem II
Sim, ainda esperamos pela “transparência” no caso da KMC, das licitações dos São João, das Festas de Setembro e da contratação de Palco e Iluminação, para todo o período desta administração. Esta Câmara de Vereadores não abrirá investigação, porque o governo municipal tem maioria e comanda com mão de ferro. Cabe ao Ministério Público investigar e processar os responsáveis, caso se confirmem as acusações.
Politicagem III
Quer saber mais? Políticos ligados aos governos, municipal e estadual, fizeram de tudo e conseguiram engavetar R$1 milhão de reais, destinados à aquisição de novos equipamentos de monitoramente por câmeras, para serem instalados nas entradas e saídas das cidades do pólo.
O recurso proveniente de emenda do deputado José Augusto Maia foi aprovado, liberado e depositado na conta do Governo do Estado, na SDS, desde Março deste ano, mas não foi usado pelo Estado por conta das eleições. Enquanto isto, a violência impera na cidade e na região.
Sobre a questão política atual na oposição – Você quer saber o que significa “Inversão de valores”? Tente demitir seu patrão! Você vai saber rapidinho do que se trata.
Pensem nisto, enquanto lhes digo até a próxima.
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