08
dezembro

Setenta vezes sete… só os fortes entenderão! – Por Claudionor Bezerra


“Não!” respondeu Jesus, “Setenta vezes sete!” (Mt.18.22, Bíblia Viva)

Claudionor Bezerra é Bacharel em Teologia e Especialista em Teologia e o Pensamento Religioso; pastor evangélico congregacional; Contador Especialista em Controladoria atuando como Analista Fiscal na COMPESA e Professor no curso de Ciências Contábeis na Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (FACHO). Consultor e sócio na BEZERRA & ASSOCIADOS ASSESSORIA CONTÁBIL.  Casado com Mônica Vilazaro e pai de Miguel Vilazaro Bezerra.

Existe limite para a misericórdia? Quais são as fronteiras do amor? Até onde vai a graça e a bondade? Alguns pensam que tudo tem limite, até o “ser bom” tem algum tipo de limitação. Pedro pensava assim também. De certa forma ele era até generoso, usou um número que fazia parte do simbolismo apocalíptico judaico: o número sete. Jesus foi inesgotavelmente além: setenta vezes sete! Para ilustrar uma história: Um rei resolveu acertar contas com seus devedores. O tamanho da dívida era monumental: 10 mil talentos. Para a época isso equivaleria a pelo menos uns 164.383 anos de trabalho. Era óbvio que se tratava de uma dívida impagável. Mas aquele homem suplicava: “Tenha misericórdia e tudo pagarei”! O que fez o Rei? Cheio de tenra misericórdia perdoou a dívida completamente!

Qual não foi a alegria daquele homem!? Mas, ao sair do salão nobre do rei, o “perdoado” caminhando na rua encontrou um miseravél que lhe devia 100 denários, ou seja, o valor de 100 dias de trabalho! E aí, fez o cálculo? (164.383 anos de trabalho x 100 dias de trabalho)! O devedor repetiu a cena: se prostrou e rogou que tivesse paciência! Mas o “perdoado” mandou prender aquele pobre coitado! Foi assim que alguns amigos do rei tendo presenciado aquela cena levaram novamente o “perdoado” a presença do Rei que ouviu: “Você não devia ter misericórdia dos outros, do mesmo modo como eu tive de você?'” Essa é a nossa vocação: tratar os outros da mesma forma como Deus nos tratou! Somente dessa maneira o mundo verá Deus em nós!

Talvez o processo de encrudecimento e esfriamento do amor naqueles que carregam o nome de “cristãos” seja apenas o reflexo de uma consciência adormecida quanto a realidade do perdão recebido! Ou pior: É gente que não perdoa porque simplesmente não conhecem a Graça de Deus! Acham que serão feitos de bobos se andarem no caminho do perdão ilimitado! Imaginam que outros vão “passar a perna” se todo tempo tiverem que perdoar. Não se esqueça: nossa vida é um eterno flagrante aos olhos de Deus e eu não arriscaria exigir do outro o que o Eterno não exigiu de mim! Setenta vezes sete… só os fortes entenderão!

Claudionor Bezerra

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