Fotos: Thonny Hill
Nesta terça-feira (07) foi realizada, na Câmara de Vereadores, mais uma sessão ordinária. Dos 17 vereadores, 16 deles compareceram a sessão e, após a votação de projetos e requerimentos, fizeram o uso da tribuna para o público que compareceu.
A sessão também foi marcada pelo recebimento, por parte do presidente Zé Minhoca (PSDB), de uma notificação judicial quanto a uma das várias ações feitas pelo advogado Dr. André Tadeu Mota contra a Câmara. Já entre os principais discursos, alguns temas podem ser destacados:
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O esquentar dos ânimos entre os vereadores foi desencadeado após o pedido de vistas, por parte do governista Irmão Val (SD) de um projeto de lei de autoria de Carlinhos da Cohab.
O projeto tratava sobre a obrigatoriedade da gravação e disponibilidade a população das sessões de licitação, realizadas tanto pela prefeitura quanto pela Câmara. Carlinhos falou primeiro e fez críticas:
“Não quero acreditar que esse pedido de vistas tenha sido uma ordem do chefe. Vossa excelência tem o direito a pedir esse visto, mas ele já foi pedido e o senhor não se interessou em ver. Irmão Val, não quero acreditar que esse visto é para aparecer na imprensa, para falar no seu nome. Não quero acreditar que foi isso, mas vossa excelência deveria aparecer fazendo projetos e não fazendo um mandato pífio, sendo um boneco do prefeito de Edson Vieira” – frisou.
Pouco tempo depois, Irmão Val devolveu as palavras ditas pelo adversário de bancada:
“Vossa excelência tentou denegrir minha imagem aqui para a sociedade evangélica, dizendo que eu usei de um palavrão para se chegar a mídia. Eu não preciso, mas sim o senhor, que usa os microfones da Polo para chamar ela de rádio fuxiqueira. Estou aqui como trabalhador e esse trabalho que o senhor diz que é pífio, estão trazendo resultados. Consegui ajudar a trazer emendas para essa cidade e isso é estar na mídia”.
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O discurso de Jessyca Cavalcanti foi feito em tom de desabafo. Para ela, o grupo de pessoas que apoiam o prefeito em detrimento ao governador estão sendo alvos de “golpes diários”.
A vereadora citou a demissão de Nilton José (aliado de Edson Vieira) do cargo de diretor da Ciretran local, o não convite a ela e Pipoca no evento que marcou o lançamento da Operação Têxtil (ao qual estava Diogo Moraes) e agora a anulação da portaria que colocava seu esposo, o professor Itamar Gláucio, no cargo de diretor da Escola Francelino.
“Acho cheio de significados esses golpes e essa guerra fria. Sabe porque? Porque Edson tem a possibilidade de ser candidato a federal e galgar esse ou aquele espaço. Para alguns, não adianta Edson ou eu sermos aliados, mas temos que estar submissos. O prefeito e nosso grupo estão sendo golpeados todos os dias e ele está em silencio. Para mim, um símbolo importante: o professor Itamar ser retirado 48 horas após a publicação para ser gestor da Escola Francelino e isso é um desrespeito. Ouvi Inaldo Sampaio dizer das colocações de Nilton Mota (chefe da Casa Civil) e ele foi equivocado no que disse (que a demissão foi por suposta falta de qualificação ao cargo). As pessoas de Santa Cruz estão sendo exoneradas não por questão de falta de mérito. A escola hoje está sem gestor por conta de uma atitude irresponsável. Essa foi mais uma ação do conjunto de ações da guerra da terra arrasada contra o prefeito Edson Vieira. Vítima não estão sendo eles, mas o nosso grupo, que pediu votos (para o governador) e estão sendo apunhalados pelas costas porque o prefeito não se submete.
Jessyca frisou também que seu grupo não estaria sendo retribuído pelo apoio ofertado a Câmara em outras oportunidades, a exemplo de pedidos de votos durante a campanha de 2014 e de não ter feito críticas em situações que recursos do Governo do Estado demoraram a chegar em áreas importantes. Ela também ratificou que Edson seria seu líder, que votaria em quem ele apoiasse e pediu pela intervenção de Diogo quanto a essas questões.
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Mais adiante, foi a vez do vereador Capilé fazer críticas a postura adotada por Jessyca, em suas manifestações de defesa ao prefeito Edson Vieira.
“A vereadora chegou e disse aqui que fará o que o prefeito mandar ou pedir. Não fomos eleitos para defender A ou B, mas o povo. Ela relatou que foi, por diversas vezes, e em nenhum momento por ser aliada de Paulo Câmara, fez cobranças mesmo sabendo das dificuldades por ser aliada. Não é isso que pode acontecer. Se vemos as dificuldades, devemos fazer as cobranças. Da forma como ela relatou dizendo que Fernando era capacho de José Augusto, ela se denominou como um capacho do prefeito Edson Vieira” – concluiu.
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“O assunto do dia é a briga de Edson, de Junior (Gomes), de Diogo e do prefeito. Essa semana, depois da anulação da admissão de Itamar, a vereadora Jessyca foi as redes sociais e disse o seguinte: ‘Quem se omite quando essa situação acontece, é tão culpado quanto quem usa a caneta’. Ela gosta de fazer reflexão no plenário, mas eu convido a população para que se faça uma reflexão daquilo que ela colocou quanto a demissão de seu esposo. Vocês viram, nas redes sociais ou em algum blog, de alguma manifestação desses vereadores que estão ao lado da vereadora ou alguma solidariedade do prefeito quando Nilton (da Ciretran) saiu?! Nos discursos de hoje, quem foi que se solidarizou com a vereadora com a saída de seu esposo da escola Francelino Aragão?! É hora da senhora fazer a reflexão. Muitas vezes, a sua raiva direcionada a Junior, a Diogo ou ao governador fica tão comprometida quanto quem usa a caneta. Aqui, todos os bocas pretas se calaram”.
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“Nós fomos chamados por conta de uma ação que foi impetrada pelo advogado Dr. Tadeu de alguma coisa. Esse senhor já entrou com seis ações contra a gente e, questionado em uma emissora de rádio, ele disse “Santa Cruz tem a câmara mais preparada dos municípios que estou acompanhando e poderia ser o orgulho da gente”. Ela é e ele viu leis caducas, que dizem apenas aquele momento, ele não acompanhou. Foi preciso um cidadão curioso, aventureiro e ele vai quebrar a cara com a gente. Não houve irresponsabilidade, não houve má fé.
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“A PE-160, que é usada como obra eleitoreira, está novamente paralisada. Funcionários mais antigos foram colocados de férias e outros demitidos e, mais uma vez, querem prorrogar o tempo da obra. Se forem olhar, tem um ou outro fazendo algum trabalhinho, mas o grosso, já parou. A PE-160 está com suas obras paralisadas e quero ver algum vereador, que diz que defende o governo, em negar essa informação. Essa briga entre Edson, Diogo e o Governador está prejudicando a população de Santa Cruz” – disse Augusto.
“O vereador Augusto Maia afirma que as obras da PE-160 estão paralisadas, mas aquele trecho da PE-160, lá em Pão de Açúcar, está quase concluído. Eles estão trabalhando e a PE está a todo vapor, do mesmo jeito que está na BR-104. Eles estão trabalhando e vão concluir aquele trecho da PE-160 até o dia 15. Vemos trabalho sendo realizado” – pontuou Nanau
