Prefeitura notifica invasores para desocupação de terra
Sem-tetos resistem
Em uma ação envolvendo a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal, nesta quarta-feira (19), a Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe notificou os invasores dos terrenos públicos, localizados ao lado do Loteamento São José.
O local faz parte de uma APP (Área de Preservação Permanente), de domínio do município. A invasão dos terrenos foi mostrada com exclusividade pelo Blog do Ney Lima, na última terça-feira, 18 de dezembro.
Em entrevista ao Blog, o comandante da ação da polícia, Ten. Sena, afirmou que a entrega da notificação se deu de forma pacífica, porém os invasores se negaram a sair do local.
Sena informou ainda que caberá a prefeitura executar uma ação de reintegração. Ele disse que, na Polícia Militar, existe um comitê de gestão que decide sobre os procedimentos e documentos necessários para acompanhar processos desse tipo.
Invasores resistem e representante do movimento concede entrevista
O líder do movimento, Joel Gomes, afirmou à equipe do Blog que a reação é de resistência.
Joel confirmou ter conhecimento de que o local se trata de área verde e que pelo menos 46 lotes foram demarcados, nos tamanhos de 5 x 25 metros cada. Segundo ele, o objetivo da invasão é tirar famílias do aluguel.
“Não vamos arredar o pé daqui, porque é um trabalho de resistência”, disse Joel.
Joel afirmou ainda que um escritório será montado no local para cadastrar as famílias e garantir que os lotes não serão vendidos em menos de cinco anos e que as famílias contempladas são realmente carentes.
Líder do movimento confirma que possui casa própria
Em entrevista ao vivo, na manhã desta quinta-feira (20), ao editor deste Blog, Ney Lima, durante o Programa Comando 87, na Rádio Comunidade FM, o líder do movimento de sem-tetos, Joel Gomes, acabou confirmando que possui casa própria.
Questionado sobre o motivo de estar no local, Joel afirmou que estava apenas em defesa da causa e que não separou nenhum terreno para ele próprio.
Quando perguntado se outra área, de menor valor, que pudesse ser doada pela prefeitura para assentamento das famílias, seria suficiente para resolver o problema, Joel se negou a responder, e disse que a imprensa não tem prerrogativa para fazer esta pergunta.