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Em Santa Cruz – Comoção e homenagens marcam sepultamento de jovem assassinado ao ser confundido como assaltante

Fotos: Thonny Hill

Na manhã desta sexta-feira (05) foi sepultado o corpo do jovem Marcelo Torres da Silva (26 anos). O jovem foi executado na noite de quarta-feira (03) na conhecida “Rua do Arame”, bairro São José, em Santa Cruz do Capibaribe.

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Versão de testemunhas e familiares:

Testemunhas alegam que Marcelo (que não tem passagens pela polícia) teria sido assassinado por engano por um segurança, após ter sido confundido com um assaltante. Ainda de acordo com testemunhas, o jovem estaria de moto no momento do crime e teria sido atingido.

Informações fornecidas dão conta que ele estava trajando casaco, short, blusa, capacete fechado e, além de estar em uma moto sem placa, teria passado outras vezes pelo local onde foi morto, fatores que reforçam a hipótese dele ter sido confundido com um bandido.

Ferido pelos primeiros disparos, ele teria caído no chão e, em seguida, o assassino teria se aproximado dele. Marcelo teria chegado a tirar o capacete, alegado que não seria bandido e, mesmo implorando para não ser morto, acabou sendo atingido por um tiro no peito, morrendo no local.

Testemunhas e familiares que estavam no sepultamento, mas não quiseram gravar entrevistas temendo represálias, relataram um fato ainda mais grave: que o suposto segurança, autor dos disparos, pertenceria a uma empresa privada, supostamente pertencente a um policial. Eles relataram ainda o temor de que a identidade do autor do assassinato seja acobertada.

 

Imagens podem ajudar na captura do autor do homicídio:

De acordo com informações, fontes de dentro da Polícia Civil já estariam com imagens de câmeras de segurança que mostrariam o momento em que o jovem foi assassinado.

Até o momento, não foram revelados maiores detalhes das investigações, que seguem em sigilo.

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A comoção de populares:

O cortejo com o corpo do rapaz saiu da residência dos pais, situado no bairro Palestina e seguiu, em carro aberto, por diversas ruas do município. Diversas homenagens foram prestadas no trajeto até o cemitério São Judas Tadeu, mas a que causou mais comoção foi prestada por integrantes da Banda Marcial Bamalu, na qual o mesmo era integrante desde 2009.

Integrantes da banda tocaram diversas marchas e músicas populares durante todo o trajeto, inclusive na chegada ao cemitério, onde o corpo foi recepcionado com mais música e uma salva de aplausos..

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O desabafo dos pais:

Antes do sepultamento, os pais do jovem expressaram sua tristeza, exigindo que fosse feito justiça pela morte do jovem. Os filhos de Marcelo, de 02 e 04 anos, também estavam no sepultamento.

O corpo foi sepultado ao som dos trompetes de Iwry Estefane e do Professor e músico Rimário Clismério, que entoaram a “Canção do Silêncio”, seguido de aplausos.

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Ouça também os desabafos do pai, da mãe e do professor de música na qual o jovem era integrante, feitos antes do sepultamento:

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