21
novembro

Ponderação com Janielson Santos


Em cinco anos de rádio, o frio na barriga me serve de combustível

Mais que um alerta é meu companheiro, parceiro e meu amigo fiel. Uma lembrança para advertir a responsabilidade e indicar que alguma coisa melhor pode ser produzida a cada dia

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Tarde de quinta-feira, 21 de novembro de 2013. Recebo uma ligação por volta das 16h e sou surpreendido: Convite para que apresente um programa de rádio. Pela primeira vez e sozinho! Nervoso, respondo que sim, sem pensar muito, afinal, o programa começaria em pouco menos de duas horas…

Foi mais ou menos nesse cenário, que inicio (até o momento pequena, é verdade), minha jornada no rádio. O programa era o ‘Direto ao Ponto’, pela Rádio Vale do Capibaribe AM, programa que estava produzindo há apenas 30 dias.

Chego à emissora em um estágio de ansiedade fora do normal, numa mistura de sensações que não consigo decifrar. Ao mesmo tempo em que quero iniciar o mais breve possível, também desejo que o intervalo comercial demore, afim de respirar um pouco mais e colocar as ideias em ordem.

O operador da mesa de som, informa: ‘começa em dois minutos’. Era apenas o tempo de término da ‘Ave Maria sertaneja’ com Gonzagão.

Ofegante, trêmulo e com aquele frio na barriga, numa liberação de adrenalina nunca antes sentida, dou o ‘boa noite’ minutos após as 18h.

E foi… A sensação é indescritível.

Ao longo desses cinco anos, muitas etapas. Inúmeros erros e falhas foram cometidos. Outro tanto de acertos foram alcançados, descoberta de atalhos, ajustes, correções e novos desafios aceitos.

Pesquisas, exames, análises, observações, estudos, foram realizados num processo de aprendizagem que entendo que deve ser contínuo, diário, ininterrupto. Acomodação não combina com a necessidade de transmitir algo, ao menos, aceitável e plausível, para quem liga um rádio.

A busca incessante por algo de qualidade a cada dia deve-se ao fato de compreender que existe alguém do outro lado do aparelho que merece respeito, um mínimo de esforço, dedicação e razoabilidade em todas as mensagens. Essa busca não pode ter fim.

Aquele frio na barriga não me deixou, desde então. Não foi embora dois anos depois da estreia, quando iniciei os trabalhos nos programas ‘Cidade Notícia’ e no ‘Estúdio 1’, na Rádio Polo FM (onde estou há três anos), segue comigo por todo esse tempo, antes de cada ‘bom dia’, ‘boa tarde’ ou ‘boa noite’ ao microfone.

Esse frio na barriga não me esquece no início de cada edição. Mais que um alerta é meu companheiro, parceiro e meu amigo fiel. É uma marca. Uma lembrança para advertir e indicar, sempre, que existe uma responsabilidade gigantesca nisso tudo. Deixa a certeza diária que alguma coisa melhor pode ser produzida a cada dia, a cada hora, a cada instante.

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