04
abril

Bate Papo


Em entrevista ao Blog do Ney Lima, Galego de Mourinha fala um pouco de sua história e também das diversas mudanças ocorridas ao longo de sua trajetória política como também do aumento de vagas na câmara e o cenário político atual. Um bate papo bem humorado, que resultou em uma entrevista descontraída, iniciada a partir da promoção na qual os leitores teriam que dizer quem era o candidato da foto, tirada no ano de 1982. Veja agora os melhores momentos da entrevista.

Sobre a foto de 30 anos atrás (1982), vendo a resposta das pessoas com os comentários, como é que você se sente?

O sentimento é grande. Foi justamente nessa época que eu ingressei na política. Eu estava com 23 anos na época e fui eleito como o vereador mais jovem de Santa Cruz. Fui eleito naquela época com mais de 5% da votação, que na época tinha 9600 votos. Eu tive 609 votos.

 

Quais as diferenças na forma de fazer política naquela época para a de hoje?

A forma de fazer política em santa cruz mudou muito, porque santa cruz era considerada uma cidade pequena. Tínhamos pouco mais de 9 mil votos e hoje temos quase 50 mil ou seja, cinco vezes mais a população aumentou. Com isso, a mentalidade da população de santa cruz é de cidade grande e não mais de cidade pequena.

 

O que mudou em Galego de Mourinha como pessoa?

Eu mudei muito como pessoa. Adquiri muita experiência, da própria câmara e da própria política. O meu primeiro mandato durou seis anos, de 1983 a 1988. O prefeito naquela época era Augustinho Rufino, que era de oposição, mas eu fiz um trabalho de ajudar aquela administração e, seis anos depois eu obtive 160 votos a mais que na primeira eleição,

Galego de Mourinha em 1982

onde fiquei na primeira suplência por 12 votos. Após isso, eu passei 12 anos fora da política. Veio 2004 e fui o vereador mais votado dos taboquinhas, perdendo apenas para Edson Vieira. Em 2008 fiquei na primeira suplência, onde agora estou assumindo a câmara de vereadores.

 

Essa próxima eleição se desenha o seguinte cenário: serão 17 vagas na câmara de vereadores e consequentemente, uma maior quantidade de pré-candidatos. Como é que fica o cenário dessa forma, facilita ou dificulta a eleição?

Na verdade não existe eleição fácil. Se aumenta o número de vagas, aumenta o número de pré-candidatos. A competitividade torna a eleição mais difícil, tanto que eu não considero que santa cruz tenha dois vereadores hoje com mais de 3 mil votos. A média vai baixar muito.

 

O que você acha que mudou em relação a responsabilidade do papel do vereador de 30 anos atrás até hoje?

Naquela época o vereador não recebia nada. Meu pai morava no Pará e alugava um carro e pagava do próprio bolso para vir para as reuniões. Então o vereador era vereador por natureza, porque gostava de resolver os problemas da cidade. Hoje não, muita gente quer ser candidato a vereador perguntando logo quanto ganha, quanto é o salario de um vereador em santa cruz do Capibaribe. Baseado nesse salário, aparecem muitos candidatos sem aquela preocupação, sem aquele interesse de compromisso que tinham os outros vereadores em relação à hoje. A responsabilidade, o compromisso do vereador era mais em relação à hoje.

 

Nossa política ainda é rodeada de maus políticos, de maus profissionais. O que você um vereador, ou um político como um todo, deve fazer para mudar essa imagem ruim que se instaurou na população sobre os políticos?

Para isso nós devemos apresentar projetos e propostas que venham a mudar a situação de qualquer cidade. O gestor é a principal peça importante para que se faça uma grande administração.

 

Qual a mensagem que você deixa para os nossos leitores?

Eu me sinto muito feliz. Se Deus quiser, eu vou voltar à câmara de vereadores de Santa Cruz do Capibaribe.

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