17
setembro

Artigo – Por Silvio Nascimento


Indignado? Revoltado? Assustado?

Francamente, sinceramente não sei qual destas palavras usar, ou ainda se todas devem ser usadas. Há poucos dias eu conversava com amigos do meio de comunicação e incitava: Vamos fazer alguma coisa! Se nada fizermos vai chegar no nosso quintal, vai acontecer no nosso jardim.

Pois é! Aconteceu! A violência em Pernambuco de tão comum, de tão frequente e banal, bateu a nossa porta. O noticiarista virou notícia. O jornalista é também estatística. Poderia ter sido Alexandre, poderia ter sido José, João, Maria. Poderia ter sido qualquer um.

Poderia não ter acontecido com ninguém. É sim! Poderia não ter acontecido com ninguém se o Estado, responsável pela segurança, tivesse o mínimo de competência neste quesito.

Após a imprensa noticiar que Pernambuco é um dos Estados mais violentos do Brasil, que Caruaru é a quarta cidade mais violenta do país, todos já sabiam que era preciso fazer alguma coisa, mas o governo do estado tentou enterrar o fato, como quem sepulta mais um cadáver, produto do seu desgoverno.

Era muito solicitar tropas federais, como outros estados fizeram? Seria então admitir que a política de segurança de Pernambuco estava realmente falida? Governador, precisamos de respostas!

Paulo Câmara, precisamos de garantias para colocar o pé fora de casa. Não somos todos políticos do alto escalão do Governo de Pernambuco, com seguranças à disposição. Não estamos lhe pedindo, estamos exigindo.

Aja, já!!! Ou não esqueceremos do seu descaso, do seu desprezo. Alexandre não pode ser apenas estatística, tem que ser marco na cobrança e exigência pela valorização da vida.

O governo que deveria ser responsável pela segurança, hoje é o maior responsável pelo fato contrário. Vivemos a mercê de um governante inerte, negligente e, consequentemente, covarde no enfrentamento de bárbaros e assassinos.

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