Francamente, sinceramente não sei qual destas palavras usar, ou ainda se todas devem ser usadas. Há poucos dias eu conversava com amigos do meio de comunicação e incitava: Vamos fazer alguma coisa! Se nada fizermos vai chegar no nosso quintal, vai acontecer no nosso jardim.
Pois é! Aconteceu! A violência em Pernambuco de tão comum, de tão frequente e banal, bateu a nossa porta. O noticiarista virou notícia. O jornalista é também estatística. Poderia ter sido Alexandre, poderia ter sido José, João, Maria. Poderia ter sido qualquer um.
Poderia não ter acontecido com ninguém. É sim! Poderia não ter acontecido com ninguém se o Estado, responsável pela segurança, tivesse o mínimo de competência neste quesito.
Após a imprensa noticiar que Pernambuco é um dos Estados mais violentos do Brasil, que Caruaru é a quarta cidade mais violenta do país, todos já sabiam que era preciso fazer alguma coisa, mas o governo do estado tentou enterrar o fato, como quem sepulta mais um cadáver, produto do seu desgoverno.
Era muito solicitar tropas federais, como outros estados fizeram? Seria então admitir que a política de segurança de Pernambuco estava realmente falida? Governador, precisamos de respostas!
Paulo Câmara, precisamos de garantias para colocar o pé fora de casa. Não somos todos políticos do alto escalão do Governo de Pernambuco, com seguranças à disposição. Não estamos lhe pedindo, estamos exigindo.
Aja, já!!! Ou não esqueceremos do seu descaso, do seu desprezo. Alexandre não pode ser apenas estatística, tem que ser marco na cobrança e exigência pela valorização da vida.
O governo que deveria ser responsável pela segurança, hoje é o maior responsável pelo fato contrário. Vivemos a mercê de um governante inerte, negligente e, consequentemente, covarde no enfrentamento de bárbaros e assassinos.
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