Deomedes Brito questiona gastos do governo municipal

Fazendo uma prestação de contas do seu mandato, como a maioria dos vereadores de Santa Cruz do Capibaribe, Deomedes Brito (PT) participou na manhã desta quarta-feira (22) do Programa Rádio Debate.
O petista enfatizou as cobranças e requerimentos que fez na Casa legislativa, além de destacar obras que, segundo ele, foram frutos dos seus esforços como parlamentar.
“Preocupado com o dia-a-dia de Santa Cruz, cobrando explicações de gastos como 5 milhões e 700 mil de combustível, 14 milhões só de carro agregado, e mais de um milhão de aluguéis”, diz.
De acordo com Deomedes, as cobranças aconteciam na mesma intensidade quando foi vereador de situação, e aproveita para fazer críticas ao ex-aliado Toinho do Pará (PHS), por não conclusão de pavimentações no bairro Santo Agostinho.
“Os calçamentos do Santo Agostinho que saiu, foi uma luta minha. Sempre corria pedindo para o prefeito fazer. Toinho enrolou, enrolou e só saiu cinco ruas. Mas no início desse governo já fiz o requerimento para continuar a pavimentação”, fala.
Problemas de casa

Questionado sobre lisura do Partido dos Trabalhadores, envolvido em escândalos nacionais, o vereador afirma que ‘em todos os partidos existem pessoas desonestas’ e complementa que ‘problemas da cidade não podem ser esquecidos’.
“Existem pessoas honestas e desonestas em todos os partidos, no PT não é diferente. Quem tiver errado que pague. Seja no governo Dilma, o que tiver errado no governo Paulo Câmara que pague, mas tem que ver também em Santa Cruz. Por que a situação muitas vezes fala do governo federal e esquece as coisas erradas em Santa Cruz”, diz questionando altos gastos, baseado no processo da KMC e questionamentos que deram abertura à CPI dos ‘Coffee-breaks’.
Posição
Indagado sobre seus posicionamentos diante de recomendações do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o vereador sustenta que tem suas posições independentes de bancada, e que o Tribunal pode errar.
“O tribunal de contas é feito por humanos. E tudo feito por humanos tem erro. Nós analisamos o que está certo ou errado. Naquele momento eu vi que o tribunal errou e votei a favor”, diz referindo-se a contas do ex-prefeito José Augusto Maia.
Ele ainda acrescentou que já votou diferente da bancada em requerimentos.
“Muitas vezes, já teve requerimento que minha bancada ficou contra e eu a favor. Eu tenho o poder de ser imparcial e ter minhas posições. Se eu entender que o tribunal errou eu vou votar contra, se eu achar que ele acertou vou votar a favor. Muitas vezes tem que ter a capacidade de ter suas posições, e as vezes se toma uma posição que muita gente não quer”, finalizou sobre o assunto.