Obras de duplicação da PE-160 são paralisadas pós-eleições 2014

Em entrevista concedida no programa Rádio Debate na manhã desta quarta-feira (05), o deputado estadual Diogo Moraes (PSB) falou sobre a paralisação das obras de duplicação da PE-160.
Diversas especulações vinham sendo lançadas de que as obras seriam paralisadas após as eleições por várias hipóteses, entre elas a suposta falta de dinheiro vindo do Governo do Estado, inclusive a paralisação aconteceria já a partir de amanhã (06).
De acordo com as palavras ditas pelo deputado, as obras foram paralisadas em virtude da Lei de Responsabilidade Fiscal, que obriga os governadores atuais a não deixarem despesas em andamento para os próximos gestores, correndo o risco do antigo governador responder a processos na Justiça como rejeição de contas, fator que poderia deixá-lo inelegível pela “Lei da Ficha Limpa”.
Obras deverão ser retomadas em janeiro de 2015

Diogo falou do novo prazo para que as obras paralisadas, inclusive outras em outros pontos do estado, possam ter seu reinício.
“O Governo (do estado) achou, por precaução, começar, já a partir de novembro, fazer o fechamento das contas do Governo junto com o gabinete de transição que começa semana que vem. Isso não só atinge a PE-160. Atinge a PE-95, as importantes obras viárias da fábrica da Fiat em Goiânia, a PE-41 que liga Goiânia e faz um marco por fora para Carpina até chegar em Suape… Ou seja: a precaução é a melhor forma que o Governo achou para fechar suas contas e, aí sim, as obras que estão rodando, essas obras que eu falei e mais outras obras de infraestrutura importante ao longo do estado possam voltar ao normal em janeiro, assim que Paulo Câmara tomar conta do governo”, frisou.
Falta de planeamento faz cronograma original ser alterado

Questionado sobre o cronograma das obras, que foram iniciadas em 16 de junho de 2014, com previsão de término em 540 dias, o deputado citou que a paralisação não estava prevista no cronograma atual, fator que demonstra a falta de planejamento, mesmo o fato não ser admitido pelo político.
Diogo citou que o prazo de conclusão será estendido por mais dois meses, podendo variar de acordo com as condições climáticas.
Diogo nega que não há dinheiro em caixa para continuidade das obras

O deputado também frisou que há receitas de R$ 50 milhões garantidas em caixa para as obras de duplicação.
Questionado se a paralisação não seria equivocada já que havia o recurso disponível e que o gasto já estava previsto, o que não implicaria em novas despesas, Diogo citou que, mesmo havendo o recurso, as obras de duplicação não poderiam continuar, reafirmando que João Lyra tem que cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
“É a mesma obra, mas não pode. Isso é uma questão técnica. Eu fui convencido que a Lei não permite e se a lei não permite, eu vou fazer o quê?! Temos que obedecer a Lei. O que está acontecendo é que ele (João Lyra) se antecipou para encerrar as contas mais rápido e entregar ao novo governo, mas vai recomeçar a partir de Janeiro”.
Enquanto isso…
O deputado mostrou não entender o estado de inquietação quanto à paralisação, mas vale salientar que a sonhada obra ter sido pauta de promessas ao longo dos últimos oito anos, mais de sete deles durante a gestão do ex-governador Eduardo Campos e só agora foi iniciada.
“A obra vai terminar e eu não entendo essa inquietação e nem entendo esse desespero porque a obra vai passar 60 dias parada. O meu desespero seria se eu chegasse à Secretaria e visse: “Olha, não tem dinheiro, não vai continuar a obra, fala com Paulo, pois eu não sei se ele vai continuar ou se ele vai terminar…”, não! A Lei permite esse fechamento de contas. Novas obras só quando abrir o orçamento em março, mas as que estão rodando a partir de janeiro recomeçam”.





