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julho

UPA 24h não recebe recursos do Governo Federal ou do Governo do Estado desde inauguração, afirma Edson Vieira


UPA 24h – Foto: Arquivo

A declaração foi dada na última sexta-feira (21), durante um evento para a entrega de três veículos (sendo duas ambulâncias e uma caminhonete) e a assinatura de ordem de serviço para a construção de um laboratório de exames ao lado do Hospital Municipal, local onde o prefeito de Santa Cruz, Edson Vieira fez um discurso em tom de críticas ao Governo Federal e ao Governo do Estado.

As críticas foram feitas, segundo ele, a falta de investimentos por parte de ambos para a manutenção de unidades de saúde do município, mas ao enfatizar a UPA, disse que a mesma estaria funcionando apenas com recursos municipais.

“Não é fácil. Juntando os atendimentos da UPA, do AME Infantil, do AME Especialidades e da Policlínica, por mês são mais de 20 mil atendimentos; 20 mil pessoas atendidas e em cinco meses, passa a população de Santa Cruz por essas unidades. Mas não é só o povo de Santa Cruz: Essa UPA não tem um real do Governo Federal ou do Governo do Estado até agora e é bancada com dinheiro azul, branco e verde, do município” – disse.

Ainda segundo o prefeito, a UPA também recebe pacientes vindos de cidades como Jataúba, Taquaritinga do Norte, Brejo, Barra de São Miguel, Riacho de Santo Antônio e Congo; onde enfatizou dificuldades para manter a mesma funcionando.

“Não vamos fechar as portas, mas a pressão é grande. Os diretores (da UPA e outras unidades de saúde) dizem: prefeito, não aguentamos mais, pois é muita gente de fora, mas digo: vamos sim atender ao povo e esse é o meu agradecimento” – pontuou.

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Outros municípios não podem rachar essa conta, diz secretário municipal de Saúde

Nossa equipe buscou, junto a prefeitura, números sobre quanto seria o gasto mensal da UPA para manter seu funcionamento.

A resposta foi dada nesta quarta-feira (26), onde o valor repassado seria de R$ 912.956,29 com a folha de pagamento e manutenção geral. Também foi questionado se haveria algum tipo de convênio para que outras cidades, que tem pacientes contemplados com atendimento, pudessem custear parte desses números.

A resposta veio do secretário de saúde local, Breno Feitosa:

“Não se existe convênio com outros municípios. A questão é que ela é “porta aberta” e isso quer dizer que não podemos fazer restrição de atendimentos. Temos levantado essa discussão para trazer mais rápido o recurso federal, mas não existe có-financiamento ou rateio para se custear as UPAs municipais por parte de outros municípios; infelizmente. Ela tem que ser custeada pelo município, com a contrapartida do Governo Federal, que não está vindo” – concluiu.

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