05
agosto

Política regada a polêmica


Ele, a patrol e o Calçadão

 

Euzébio Pereira Neto é advogado e presta Assessoria Parlamentar. Foi presidente e diretor na União dos Estudantes de Santa Cruz do Capibaribe (UESCC). Começou a escrever e compartilhar seu “Ponto de Vista” na imprensa digital em 2008, tendo criado, posteriormente, uma página pessoal, o Blog Ponto de Vista.

ELE

 

Muitos estavam ansiosos pela vinda dele, seja para dizer “aqui você tem oposição” ou para mostrar que tem influência com o poderoso chefão. Aqui em Pernambuco, como diz o ditado, ele anda em céu de brigadeiro, mas até quando? Está cada vez mais próximo do governador Eduardo Campos decidir qual rumo vai tomar e, a depender do cenário mais provável (sua candidatura a presidente), como ficará a frente popular? Esta questão ainda está obscura e, por enquanto, só o tempo dirá.

 

Tenho minhas reservas quanto a Eduardo Campos, não pelo fato de dizerem que ele abandonou nossa cidade, pois, infelizmente, as demandas que nosso povo e governantes levam e “pedem” para ele são as mais elementares (dentro das mais simples) possíveis, mas pelo fato de que em nosso Estado, como já se via no governo de Jarbas Vasconcelos, viver do marketing.

 

Digo isto porque a educação do Estado todo é um caos (com raras exceções), onde há muito tempo não há concurso público e os educadores são aprisionados nos “eternos” contratos. Na segurança, como um todo, há alguns avanços, bem supervalorizados pelo Pacto Pela Vida, mas pergunto: estamos bem de segurança? Na saúde, as válvulas de escape são os novos hospitais, construídos na região metropolitana do Recife e outro em Caruaru. Pouco, muito pouco, para o que realmente precisamos. Sei que estas questões devem ser avaliadas como um todo, onde deve haver uma verdadeira força tarefa entre os governos municipal, estadual e federal para a solução do problema, mas o Estado com todo o seu dinheiro “azul e branco” poderia fazer bem mais.

 

Por tanto, em minha opinião, Eduardo Campos pouco está se importando se em Santa Cruz tem meia dúzia (ou três vereadores) dizendo que fazem oposição a ele; ou um federal “que faz de conta” que o apoia; ou, até mesmo, um fiel escudeiro de sua cozinha que o representa na região. O que ele quer saber mesmo é que quando a “onça for beber água” quem vai estar com ele, pois quem não estará com ele, estará contra o poderoso chefão!


A PATROL

 

Outra questão que trago (meio atrasado é verdade) é a questão das Máquinas recebidas pela administração municipal em uma parceria com o governo federal, por meio do PAC 2. Tenho certeza que a Patrol e a Retroescavadeira terão uma grande utilidade, tendo em vista os nossos graves problemas com a pavimentação de nossas ruas e das estradas vicinais.

O governo municipal terá uma excelente ferramenta, juntamente com as demais máquinas que está adquirindo com recursos próprios, para acelerar o desenvolvimento estrutural de nossa cidade.

 

Infelizmente (e é importante mencionar), o ponto negativo ficou por conta da “cerimônia” de entrega dos novos equipamentos, onde uma parcela significativa de pessoas levou para o lado da paixão politiqueira, onde faziam festa pela chegada dos equipamentos, com músicas eleitorais e tudo e, por outro lado, muitos desqualificando a conquista por ter votado no opositor.

 

Claro que o governante quer mostrar as benfeitorias e ganhos que vem trazendo em seu governo, mas acredito que foi um erro ter realizado a entrega na forma que o fez, por propiciar, justamente, este tipo de manifestação das pessoas.


O CALÇADÃO

 

O que está em debate é a transformação do “calçadão” em um Centro de Compras, propiciando aos que comercializam no “poeirão” um local mais digno para venderem suas mercadorias e adquirirem o sustento de suas famílias.

 

Acho um grande acerto de a municipalidade propiciar esta mudança, uma vez que já está mais do que na hora de se promover algo do tipo no calçadão. Concordo com os que dizem que deve haver diálogo, mas o que não se pode é deixar, mais uma vez, o calçadão da forma que está e, muito menos, “politicar” a questão.

 

Vejo que muitos dos que bradam contra o projeto, o fazem por questões politiqueiras e seguindo alguns políticos que nunca propuseram algo concreto para o calçadão.

 

Acho curioso, e até um pouco revoltante, que alguns comerciantes do calçadão sejam contra o projeto porque vão ter que pagar, juntamente com a prefeitura, a execução do projeto. Repito, acho importante o diálogo e sei que os comerciantes tiram o sustento de suas famílias do comércio realizado no calçadão, mas creio, da mesma forma, que o custo beneficio da obra seja benéfico aos comerciantes, pois poderão comercializar suas mercadorias em um ambiente de maior conforto e, principalmente, melhorará o ambiente para os compradores, pois sem eles, não há calçadão.

 

Esta é uma questão que ainda renderá muitas discussões e a trataremos com mais profundidade e mais dados futuramente.

 

Observação: por questões de saúde (ou a falta dela) não escrevi semana passada, motivo pelo qual escrevi sobre alguns temas em uma mesma coluna.

 

O conteúdo dos artigos é de responsabilidade dos seus escritores e não representa necessariamente a opinião deste Blog.

4 Comentários

  1. Dagoberto disse:

    O que houve com vc que não declarou dessa vez uma paixão desenfreada pelo lado azul , pela primeira ves vejo vc sendo coerente, parabéns, estás sendo imparcial que bom , a vedade meu caro colunista é que Santa Cruz ainda não aprendeu a se politizar, é uma cidade que é politiqueira mas não sabe o que é política, gostei da forma que vc escreveu esta última postagem sem babamento pra nenhum lado.

  2. José Pereira disse:

    E sobre a KMC, você também não fala por motivo de saúde?

    1. Fábio filho disse:

      IA PERGUNTAR A MESMA COISA, PORQUE ELE AINDA NÃO FALOU, SOBRE OS ESCÂNDALOS DAS LOCAÇÕES.

  3. josesantacruz disse:

    e a KMC? só para lhe lembrar.

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