21
dezembro

“Não houve traição de ninguém” – afirma José Augusto Maia no Rádio Debate


Nesta sexta-feira (21) o programa Rádio Debate, da Polo FM, recebeu em seus estúdios o ex-deputado e ex-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, José Augusto Maia (Avante).

Ele fez seu balanço político de 2018, onde respondeu ao time de debatedores questionamentos envolvendo as últimas eleições e também da eleição para a Mesa Diretora Câmara, que colocou seu filho Augusto Maia na presidência e também com o rompimento de dois aliados.

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Declarações contra Deomedes e Marlos

O político foi questionado sobre algumas declarações feitas contra os vereadores Marlos da Cohab (Podemos) e Deomedes Brito (PT), assim que estes decidiram sair de sua base para passar a apoiar Diogo Moraes.

Durante uma das edições do programa de rádio ‘Oposição em Ação’, ele chegou a dizer que os vereadores teriam ‘se vendido’ ao deputado Diogo. Ao ser questionado pelo debatedor Ralph Lagos se ele próprio teria ‘se vendido’ ao deputado, ele disse:

“De forma nenhuma (…). Não acusei, até porque eu disse que os meus não foram vendidos. Não disse que fulano se vendeu por tanto. Eu lembro que disse as pessoas que os nossos não tinham se vendido. Essa é uma interpretação que as pessoas vão fazer, mas o meu histórico nesse sentido ele é muito forte” – citou.

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Eleições 2018

José Augusto Maia citou que o resultado político na candidatura de seu filho, Tallys Maia (Avante) para deputado estadual teria sido positivo, mesmo não conseguindo eleição.

“Ele teve uma expressiva votação em um momento que as estruturas eram grandes, tanto para a esposa do prefeito quanto para Diogo Moraes. Conseguimos uma expressiva votação que, até eu dizia para as pessoas: o perdedor não levou vaias. Perdeu elegantemente, mas deixou uma mensagem muito importante” – disse.

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Eleição da Mesa Diretora

De acordo com José Augusto Maia, a escolha pelo nome do filho como indicação ao posto de presidente do Legislativo teria sido algo ‘difícil’ e que seria a ‘menos traumática’ dentro do contexto.

“Fiz a opção pelo trauma menor. Na realidade, tinha a decisão de Helinho, que poderia sair nos braços de Edson Vieira ou de Augusto, nos braços dos vereadores da oposição que são a nossa linha, mesmo com divergências. Foi algo difícil para mim, só Deus sabe a decisão naquele momento, mas dizia que, pouco a pouco, iríamos explicando a população” – pontuou.

Ainda segundo o político, mesmo com a presidência ter sido oferecida a Capilé por Diogo não seria algo suficiente para poder unificar as oposições e que a decisão final, pela escolha de Augusto Maia, teria se dado já nos últimos 30 minutos antes da eleição.

Declarações de Capilé – Zé foi questionado sobre declarações feitas pelo vereador Capilé (Podemos) logo após o rompimento político.

Uma dessas declarações foi a de que, de acordo com o vereador, Zé teria colocado as mãos nos ombros de Helinho e de Capilé pedindo para não ser traído, uma vez que já estava feito o acordo para o presidente ser Helinho com os votos da bancada de Edson. Do outro lado, havia a possibilidade de Ernesto ser o presidente.

“Em todas as entrevistas, dizíamos ao povo de Santa Cruz que nós optaríamos pelo lado da Oposição. Fomos claros a toda a população e naquele momento, que dava Helinho com Edson e Augusto com os vereadores da Oposição, foi uma das coisas mais fortes que tinha que decidir (…). Fiz o mais correto. Imagine se saíssemos dali em uma festa com centenas de pessoas de azul, com reboque, o nome de Helinho com Edson Vieira. O que seria de todos nós?! Estariam mangando da gente. Seria um trauma eleitoral” – disse.

Declarações de Helinho – Sobre as declarações de que Zé teria lhe dito que, em uma reunião realizada no sábado, antes das eleições, de que ele seria o nome à presidência, porém não dissesse a ninguém, ele confirmou, porém Helinho seria esse nome com os votos de Edson, mas quando ele viu que essa possibilidade chegaria em Augusto, mudou de posicionamento.

“Com Edson Vieira, eu não via a condição de Augusto aceitar. Se fosse Helinho com os votos de Edson, já estava aprovado, mas o problema todo foi quando isso chegou para Augusto… Tenho o maior carinho por Capilé e Helinho e estamos tentando uma conversa. Em um momento daqueles, não é fácil, mas o que eles disseram é aceitável” – pontuou.

Ele completou mais adiante:

“Sairmos de lá com a vitória e nos braços de Edson Vieira seria um trauma político para nunca mais o nosso grupo ter unidade; não dizer mais nada. Era jogar a história de José Augusto no lixo e tudo mais. Não pensei só em mim, mas nos três e no povo” – frisou.

 

Suposta coação de José Augusto Maia ao filho

Questionado sobre as declarações de que ele teria “coagido” o filho Augusto Maia (foto) a aceitar ser presidente do Legislativo com votos da bancada de Diogo Moraes e também de uma suposta agressão contra o mesmo, ele negou e respondeu:

“Meu filho ficou entre a cruz e a espada e eu também. Tínhamos a opção de sair com os votos de Edson Vieira ou sair eleitos com os votos da Oposição, porque os 10 mil votos que Diogo teve na eleição, uma margem muito grande eram de taboquinhas e nem os mais de sete mil de Tallys, não aceitariam sairmos em uma festa com Edson Vieira. Quanto ao choro, foi forte devido a pressão e só Deus sabe o que aconteceu” – frisou.

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