30
agosto
“Não diria que ele é um político ‘ultrapassado’ ou ‘atrasado’, mas ele precisa dialogar” – Afirma Jobson Barros sobre Roberto Asfora
Na manhã desta terça-feira (30) os vereadores Jobson Barros (PTC) e Avecino Lima (PR) estiveram no programa Rádio Debate, da Polo FM. Acompanhados do empresário Rubinho Nunes (líder desse ala no grupo de Oposição) e outras lideranças, eles falaram sobre a recente denúncia feita contra o governo Hilário Paulo relacionada aos consignados, o questionamento quanto aos gastos em festejos municipais e também do afastamento político dos mesmos com o ex-prefeito Roberto Asfora (PSDB).
.
Sobre o assunto, o vereador Avecino Lima destacou que seu grupo teria provas de que o atual governo não estaria repassando, aos bancos, os descontos relacionados a empréstimos consignados feitos por servidores.
“Já temos esses dados. Inclusive, já me dirigi até a agência (do Banco do Brasil), procurei funcionários e eles me repassaram que isso é uma prática antiga, que ocorre desde a administração passada e o prefeito Hilário está continuando com essa prática. O funcionário que está apertado e usa do consignado porque a taxa de juros é mais baixa, quando esse funcionário se dirige ao banco e vê que seu convênio esta cortado porque o prefeito não fez o repasse” – disse.
Segundo ele, a prefeitura não teria se posicionado oficialmente em relação ao caso e que sua bancada estaria buscando sua parte jurídica para tratar do assunto.
.
Em seguida, Jobson Barros falou sobre obras que, segundo o mesmo, estariam paralisadas em Brejo. Entre elas estão a Praça de Bom Conselho (de responsabilidade estadual) e também a não transformação da Policlínica de São Domingos em UPA 24h, da Central das Feiras e também da Creche.
O mesmo citou que fez uma nota de repúdio sobre o fato, citou que buscou explicações na prefeitura sobre esses fatos, que teria recebido esclarecimentos de alguns dos órgãos, mas não poupou críticas ao prefeito.
“Na minha nota, vim repudiar a forma de como o prefeito vem tratando o povo em algumas ocasiões. Falei sobre os gastos com as bandas, com as festividades do município. Fiz um gráfico de aproximadamente R$ 700 mil direcionado a contratação dessas bandas. O prefeito achou que esse valor era pequeno, mas isso é um absurdo. Quando se colocam o valor da estrutura, se passa de R$ 1 milhão. Nada contra, mas acredito que dava para fazer eventos a altura com um valor bem menor. Não existe dinheiro para transformar a Policlínica em UPA 24h, mas tem mais de um milhão para contratação” – disse.
Ainda segundo ele, foram gastos mais de R$ 150 mil com as atrações da festa de padroeiro em São Domingos e sendo que, no ano anterior segundo o vereador, a edição anterior tinha sido cerca da metade. Ele relembrou da promessa do prefeito de que a policlínica se tornaria uma UPA em junho, fato que não aconteceu.
Questionado se esse grupo político formado seria um outro ao qual não estaria inserido o ex-prefeito Roberto Asfora, coube ao vereador Jobson a resposta do fato. Em vários momentos, ele se mostrou evasivo em falar sobre a questão desse afastamento, mas citou que o ex-prefeito não estaria aberto a diálogos com os atuais representantes da aliança liderada por ele e Rubinho Nunes.
Jobson citou as últimas eleições, onde com a inviabilidade de candidatura de Roberto, o mesmo colocou sua esposa para concorrer, deixando transparecer que parte do grupo não concordou com tal decisão, enfatizando a questão da “falta de diálogo”.
“É preciso que Roberto Asfora venha, que se faça presente; que venha estar no dia a dia buscando algo para o povo. Fazemos uma política de respeito e verdadeira, não é uma política ultrapassada” – pontuou.
Já questionado se essas falas colocaram Roberto Asfora como um “político ultrapassado”, ele disse:
“São importantes as pessoas experientes e Roberto é uma pessoa experiente. Não diria que ele é um político ‘ultrapassado’ ou ‘atrasado’, mas ele precisa dialogar e conversar; saber do potencial que Rubinho Nunes, que Avecino, que Jobson e os demais colegas tem a oferecer para o município. Precisa de dialogar e nesse aspecto, diretamente, todo mundo sabe que ele não é de conversar, dialogar e debater algumas conclusões para o futuro político do grupo e do município”.