16
abril

“Jogaram Dida numa encruzilhada”, diz Júnior Gomes


Prefeito interino, Dida de Nan, assinou pedido de crédito suplementar, aumentando verba para ‘atividades festivas’ e retirando de construção de creche

Foto: Janielson Santos.

Um pedido de crédito suplementar realizado pela Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe à Câmara de Vereadores levantou polêmica na tarde dessa terça-feira (16). Os vereadores Carlinhos da Cohab e Júnior Gomes criticaram diversos pontos do projeto.

Na tribuna, Júnior Gomes insinuou que o pedido seria para ‘queimar’ o vice-prefeito Dida de Nan (PSB) que está como prefeito interino durante viagem do titular Edson Vieira (PSDB). Dida já assumiu desejo em disputar a prefeitura em 2020, bem como o secretário de educação, Joselito Pedro.

O pedido de suplementação é de 6 milhões e 232 mil reais, que seriam remanejados do orçamento aprovado para este ano.

Em 2018 os vereadores de Santa Cruz aprovaram projeto em que zera o remanejamento financeiro da prefeitura. Isso significa que toda movimentação no orçamento deve ser submetida, antes, aos vereadores.

“Se Dida imaginasse o que estava contido nesse projeto, ele não assinaria”, falou Júnior.

O socialista destacou que o pedido da prefeitura, em regime de urgência, entre outros pontos, prevê retirada de verba que está destinada para construção de creche no valor de R$ 500 mil, bem como a previsão orçamentária de igual valor para compra de veículos escolares.

Em contraponto, trecho que chamou atenção do vereador foi um pedido de acréscimo para realização de eventos, no valor de R$ 500 mil.

“Tenho certeza absoluta que dava tempo do prefeito (Edson Vieira) assinar esse projeto. Não assinou e deixou a bomba para Dida de Nan”, falou e completou depois “tirando dinheiro da educação para colocar em festa”.

Além disso, Júnior lembrou que o orçamento aprovado para 2019, já conta com 1 milhão e 130 mil reais para eventos e fez o questionamento: “Será que esse valor já foi executado? Qual a festa que vimos ser realizada de janeiro até agora, para se gastar 1 milhão e 130 mil?”

O oposicionista seguiu afirmando que, ‘talvez pela inocência, colocaram Dida numa encruzilhada’.

O projeto passará pela comissão de Finanças e Orçamento. Para Júnior, essa é a oportunidade de acompanhar a execução do orçamento. Os secretários devem ser chamados para esclarecimentos dos remanejamentos.

“Sabe o que entendi com tudo isso? É que existem pré-candidaturas do meu amigo Dida e do secretário de educação. Colocaram Dida para assina e se o secretário for chamado para explicar, vai dizer que não sabe de nada e a culpa é de Dida. Isso que vai sobrar para você, meu amigo Dida”, finalizou.

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