09
outubro
Eleição da Mesa Diretora e convite para junção de Oposições visando 2020 marcam discursos na Câmara, em Santa Cruz
Na tarde desta terça-feira (09) foi realizada mais uma sessão ordinária na Câmara de Vereadores em Santa Cruz do Capibaribe.
A sessão foi a primeira que aconteceu após os resultados das eleições do último domingo (07) e, como esperado, contou com fortes discursos. Entre os assuntos estavam a votação nas urnas pelos candidatos “filhos da terra”, a eleição que vai definir a nova Mesa Diretora do Legislativo e as implicações desse processo já de olho nas eleições de 2020.
Outro momento de destaque foi a indicação, por parte de Capilé, para que Helinho Aragão dispute o cargo de prefeito nas próximas eleições.
Os resultados dos candidatos – A maioria dos vereadores optou em parabenizar os desempenhos alcançados pelos candidatos “filhos da terra”, tanto os não eleitos como os eleitos. Votos de aplauso aos eleitos, ambos de autoria do presidente Zé Minhoca (PSDB) chegaram a ser votados e, mesmo com algumas abstenções e votos contra, acabaram sendo aprovados.
Quando surgia alguma crítica, essas eram direcionadas a Alessandra Vieira (PSDB) e Diogo Moraes (PSB). As acusações feitas a eles, pelos edis, seria de que ambos se utilizaram da máquina pública para poder conseguir mais votos no pleito.
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O vereador de oposição foi um dos primeiros a falar, de forma aberta sobre as próximas eleições municipais. Ele indicou, inclusive, qual o nome a encabeçar esse novo projeto político que, segundo o mesmo, já teria começado.
“Defendo o nome de Helinho Aragão para 2020 e continuo com esse pensamento e, se for vontade do mesmo, dele ser candidato” – pontuou.
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Nesse ponto, os discursos que tiveram maior destaque foram direcionados aos vereadores Helinho Aragão, Capilé (Podemos) e também Deomedes Brito (PT).
Os três faziam parte da bancada de sustentação a candidatura de Tallys Maia (Avante) nestas eleições e integram a base de apoio ao ex-prefeito e ex-deputado José Augusto Maia (Avante).
Mesmo sendo minoria, uma eventual junção dos três a um dos dois grupos pode decidir a votação, já que formariam maioria de qualquer bancada na Câmara. Isso também soaria como indicativo as conjunturas para as próximas eleições.
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“Teremos eleição para Presidência da Câmara e três vereadores aqui que foram para rua pedir votos para Tallys e conseguiram. Se juntar os oito que temos, que fazem parte desse grupo de oposição, teremos 11. O prefeito Edson, que tinha maioria expressiva e, por tudo o que tem feito com arrogância, hoje tem apenas seis. Se estendermos isso a partir da eleição da Presidência, uma junção das oposições, caminhamos a passos largos para se conseguir a prefeitura em 2020. Esse recado foi dito nas urnas e cabe a elas, as oposições, fazer essa junção de forma verdadeira” – disse.
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“Nos criticaram dizendo que nossa chapa, a de Diogo, seria uma ‘terceira via’, mas quando terminou o resultado das urnas, ela teve mais de 10 mil votos. É hora de olhar e não ficar para trás. Vejam esse exemplo de Belo Jardim, Cintra Galvão, líder muito maior que José Augusto Maia, que apoiou Ricardo Teobaldo e Romero Sales. A votação que conseguiu foi apenas 227 votos par Teobaldo e para Romero, 212. A hora é agora, do grupo das oposições querer fazer, de fato, a mudança ou então colocar uma candidatura para atrapalhar, sem condição de ter resultado algum” – frisou ele.
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“Com os palanques desmanchados, representamos essa oposição, que vai colocar nessa mesa um Taboquinha presidente para que possamos desencadear uma CPI aqui nesta casa. Tenho certeza que Augusto, Helinho e Deomedes não vão dar a chance de eleger defensores de Edson Vieira. Teremos um presidente Taboquinha para representar nossa bancada e os números mostraram. Capilé, eu acho precipitado lançar o nome de Helinho a 2020… O senhor veio falar isso, mas saiba que estamos juntos, o nosso adversário é Edson e precisamos estar unidos” – frisou.
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“Se tratando de Alessandra, aqui temos 170 urnas e ela teve vitória esmagadora na grande maioria delas e isso foi uma resposta. Ela foi majoritária em Jataúba, em Brejo e em outras cidades, que o deputado ausente não conseguiu manter suas bases. O povo de Santa Cruz e do agreste mostrou quem era que tinha força, o prefeito e Alessandra. Agora os senhores devem estar recebendo milhares de ligações para fazerem composições, para serem usados por eles. Vejam como vocês foram abandonados nesse pleito e vejam isso agora. Façam uma reflexão” – afirma.
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“Vamos sim ter um projeto para 2020 e que vamos anunciar em breve. Continuarei a ser oposição como sempre serei, mas a eleição da Câmara tem a mim, Capilé e Augusto Maia. Vamos colocar esses nomes e vamos dialogar. Não podemos ficar nos jogando uns contra os outros. Isso será apresentado para que possamos discutir e se ter essa viabilidade. Vamos dialogar sim, nós três… Fomos taxados que não teríamos votos, mas esse 7500 votos das oposições, como disse Junior Gomes, nos mostrou que somos fortes, mas temos que dialogar. Vamos ver em que caminho nós estamos, vocês tem esses projetos, mas nós também temos. Não estamos mortos” – disse.
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“Será um de nós três e vamos ter esse candidato. Pode ter apenas o voto de nos três. Para 2020, vamos ter esse projeto para Santa Cruz, com debates e propostas. Vamos montar um grupo, vamos lançar um candidato. Precisamos sair desse tipo antigo de política, que o povo não quer mais” – pontuou.