03
novembro

Denúncia contra vereador Pipoca e insegurança em Santa Cruz movimentam discursos na Câmara


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Fotos: Thonny Hill

Na tarde de quinta-feira (03) foi realizada mais uma sessão ordinária na Câmara e dois temas movimentaram os discursos: a insegurança em Santa Cruz e a denúncia feita por Ernesto Maia (PT) contra o líder da bancada situacionista, vereador Klemerson Pipoca (PSDB).

A reunião também foi marcada pela pouca quantidade de discursos na tribuna em relação a outras sessões, onde apenas nove dos 17 vereadores usaram do microfone. Outro fato que chamou a atenção foi a presença maior de público.

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Dispensaram o uso os vereadores Zezin Buxin (PSDB), Zé Elias (PSDB) e também Luciano Bezerra (Rede), este último que precisou se ausentar da sessão.

Já os demais como Galego de Mourinha (PTB), Helinho Aragão (PTB), Vânio Vieira (PTB), além de Narah Leandro (PSB) e Zé Minhoca (PSDB), justificaram suas ausências.

Confira o que falou cada vereador:

Afrânio mostra preocupação na dificuldade de se ter soluções para o enfrentamento a insegurança em Santa Cruz

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No seu discurso, Afrânio Marques (PDT) destacou o tema da insegurança pública. O mesmo frisou que o tema é uma questão complexa de resolver porque, segundo o mesmo, faltam políticas públicas de prevenção e também de repressão a violência.

“O lençol é curto. Quando se pede algo ao Governo do Estado, e quando se vem, se cobre a cabeça, mas se descobre os pés” – pontuou.

Segundo o mesmo, para uma situação satisfatória de enfrentamento, seriam necessários pelo menos 600 policiais a disposição do 24º BPM e destacou que as políticas de prevenção devem passar, primeiro, pela educação, citando como exemplos dois projetos de lei de sua autoria.

O primeiro deles é o de incentivo à leitura e o segundo de incentivo ao teatro em escolas do município.

Deomedes Brito destaca insegurança e demissão de contratados no Governo Vieira

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Dois pontos podem ser destacados no discurso do vereador petista. No primeiro deles, Deomedes destacou o tema da insegurança, onde elogiou o discurso de Afrânio quanto a adoção de políticas de prevenção, mas destacou uma maior necessidade de repressão a violência.

Em seguida, o mesmo destacou a demissão, segundo ele, de funcionários contratados pela gestão Vieira.

“O pai e a mãe de família não estão recebendo e não vão receber seu 13º. Estão sendo demitidos sem justificativa. Se o prefeito contratou demais, porque contratou?! Não é assim que se governa, ele enganou as pessoas” – disse.

O vereador aproveitou também para cobrar a revitalização do açude da manhosa e a defesa da transposição via Congo para chegada de água a Santa Cruz.

Ronaldo Pacas cobra maior participação da Câmara na busca de soluções para enfrentar a insegurança

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Em suas falas, o terceiro vereador a discursar voltou a cobrar uma maior participação dos vereadores no enfrentamento a insegurança do município.

Ronaldo Pacas (PR) falou que, segundo o mesmo, reconhece as dificuldades no enfrentamento do problema, mas citou que a casa pode atuar ainda mais na busca por soluções junto a classe política estadual.

“Não sei a resposta que essa Casa já tem, mas ela tem que cobrar mais do que nunca” – disse.

Em seguida, o mesmo falou sobre o posicionamento de políticos que se mostram como “pais” para o anúncio de reinício das obras, marcado para janeiro de 2017.

“Muitos se dizem pais dessas obras, mas que nela se injetem os recursos. Que os “pais” apareçam, mas que essa obra saia do papel” – pontuou.

Pipoca tenta desqualificar denúncia de Ernesto Maia e coloca sigilo bancário a disposição

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Durante seu discurso, o vereador Klemerson Pipoca (PSDB) se propôs a rebater a denúncia que seria apresentada pelo vereador Ernesto Maia (PT).

O governista citou que soube do que Ernesto falaria na tribuna na noite anterior e preparou documentos relacionados a denúncias feitas contra Socorro Maia, mãe do vereador e que já foi secretária de Educação por três mandatos.

Pipoca destacou denúncias no transporte escolar, de mau uso de recursos do Fundeb e também um suposto contrato de duplicidade quando ainda estava no cargo. O mesmo também falou críticas ao opositor.

“Ficaria preocupado se viesse de uma pessoa que tivesse trabalho nesta Casa” e completou: “Não venho aqui com falácias, mas estou tranquilo. Quebro o meu sigilo bancário desde o ano 2000 se quiser” – disse.

Carlinhos da Cohab afirma que Pipoca deve ser levado ao Conselho de Ética da Câmara

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No principal ponto de seu discurso, Carlinhos da Cohab (PTB) fez referência a denúncia que seria feita por Ernesto Maia (PT) mais adiante.

Carlinhos citou que, diante das acusações as que foram postas o líder da bancada governista, seriam suficientes para que o mesmo fosse levado ao Conselho de Ética.

“Vossa excelência começa uma coisa para fazer uma defesa sebosa. Você tem que se explicar não só aqui, mas também ao Conselho de Ética” – disse.

Em seguida, o mesmo falou sobre o projeto para destinar água do Sistema Pirangi para o distrito de Poço Fundo. Segundo ele, o projeto de tubulações será levado a discussão nesta sexta e convocou Dida de Nan para que pudessem unir forças para buscar recursos para viabilizar as obras.

Dida de Nan destaca insegurança e também faz críticas a Carlinhos da Cohab

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Dois pontos nortearam o discurso do vereador. No primeiro deles, Dida (PSDB) fez críticas ao grupo de Oposição, destacando o tema da insegurança.

“Ela não mostra propostas, nem projetos contra a insegurança ou a favor da saúde. É só madeira” – disse.

De acordo com o vereador, a situação de insegurança estaria ligada ao crescente desemprego no país e citou que o problema deve ser enfrentado por todos.

Ainda criticando Carlinhos da Cohab, o vereador rebateu falas anteriores do político, em especial ao seu posicionamento quanto a chegada de cinco novas viaturas da PM as vésperas das eleições.

“Ou esse jeito se parte dos dois lados ou vai ficar mais difícil de se resolver. Quando Carlinhos fala que as viaturas que vieram para Santa Cruz foram embora, isso não é verdade. Ele só fica causando problemas” – pontuou.

Junior Gomes volta a criticar Afrânio e cobra mais uma vez a marcação de reunião dos vereadores com comando do 24º BPM

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No principal ponto de seu discurso, Junior Gomes (PSB) voltou a fazer críticas ao presidente da Câmara. O vereador mostrou sua insatisfação com a demora, segundo o mesmo, por parte de Afrânio em não marcar a reunião com o comando do 24º BPM.

“Desde o último dia 20 do mês passado solicitamos de Afrânio uma reunião com o comando do 24º BPM. Faz 15 dias e até agora nada, não se tem uma resposta” – disse.

Em seguida, Junior continuou a ofensiva e comparou a conduta de Afrânio com a segurança aplicada em bancos, que escondiam de todos as informações sobre qualquer assunto.

Em seguida, o vereador falou de um requerimento de sua autoria, que solicita para que o município entre em um programa promovido pelo Ministério Público de Pernambuco no enfrentamento a insegurança e voltou a fazer críticas ao Governador Paulo Câmara (PSB).

“Estou fazendo minha parte no que posso fazer e criticando veementemente, gostem ou não” – disse.

Ernesto Maia denuncia que Pipoca desvia grande parte de salário de sua assessora parlamentar

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No seu discurso, o vereador Ernesto Maia (PT) fez a denúncia já esperada contra o vereador Pipoca (PSDB).

Durante suas falas, o vereador deu detalhes de como seria o suposto esquema de desvio de recursos, segundo ele, que o líder da bancada governista estaria realizando com o pagamento que deveria ser recebido pela sua assessora parlamentar, identificada como Inácia Mayne Alves da Silva.

Segundo o vereador, o esquema funcionava quando, ao receber o cheque no valor pouco superior a R$ 2 mil, valor mensal ganho pelos assessores e resgatar os valores no banco, ficaria com apenas R$ 200,00, dando o restante ao vereador.

“Esse é o retrato do Líder de Governo, que vai ter que dar explicações” – pontuou.

Fernando Aragão destaca insegurança, rebate que estaria devendo IPTU e volta a fazer críticas ao prefeito Edson Vieira

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Último a discursar, Fernando Aragão (PTB) fez seu discurso tendo como focos principais a insegurança, as declarações de Dida de Nan de que ele estaria devendo dois anos de IPTU e também a demissão de contratados.

No primeiro, o vereador destacou que, segundo ele, a população está com medo de sair às ruas, em virtude de estarem sujeitas a assaltos e também fez críticas ao prefeito pela não continuidade, em seu governo, de iniciativas que teriam resultados concretos, vindas de outras gestões.

Já no segundo, o mesmo criticou o prefeito mais uma vez pela demissão de funcionários contratados e, quanto ao terceiro, rebateu falas de Dida de Nan que, na sessão anterior, citou que o político teria um débito superior a R$ 1600,00 em atrasos de IPTU.

“O senhor traz coisas sem ter provas. Ele não sabe, não tem conhecimento. O que vamos fazer? É mais quatro, é compra de votos, de pessoas que acreditaram em um palanque mentiroso e de pesquisas montadas” – e completou: “O senhor pega as coisas e não prova. Tinha o senhor como um grande homem, de uma capacidade boa, mas o senhor se estragou, se tornou igual aos outros” – frisou.

Ao final do discurso de Fernando, os dois chegaram a trocar farpas.

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