Fotos: Thonny Hill.A manhã política desta sexta-feira (28) foi de bastante repercussão com a visita do secretário da Fazenda e pré-candidato ao governo estadual Paulo Câmara.
Juntamente com uma comitiva formada por representantes do Governo do Estado, o secretário trouxe a pauta assuntos voltados para a economia e infraestrutura, mas também foi indagado pela imprensa local nas áreas de saúde e aumento da violência.
Com falas objetivas, o secretário fez o anúncio do pacote de medidas para o Polo de Confecções e para a duplicação da PE-160, mas não deixou transparecer a falta de conhecimento específico em relação à Santa Cruz do Capibaribe.
Confira as respostas vinda do pré-candidato a suceder Eduardo Campos (PSB):
De acordo com Paulo Câmara, o pacote de ações rege a isenção do Imposto de Fronteira (atualmente 4%) para integrantes do Micro Empreendedor Individual (MEI), criação do Expresso Cidadão no Moda Center (conjunto de ações da Secretaria da Fazenda e empresários) entre outras ações na isenção de impostos.
“O Polo vai se desenvolver cada vez mais a partir do momento que as pessoas estiverem cada vez mais formalizadas. A informalização não é bom para o negócio e vamos trabalhar com um conjunto de ações para que as pessoas se sintam confortáveis e mais conscientes no seu papel de formalização do negócio, que só traz ganhos”, frisou.
O pré-candidato citou que se posiciona a favor das emancipações e citou que o atual projeto necessita ser aprimorado e mais discutido, para que haja uma adequação com a legislação estadual caso o veto presidencial ao projeto seja derrubado.
“Criando critérios, criando um processo transparente, que a população seja consultada, as regras do jogo sendo definidas e, havendo a viabilidade da emancipação, eu digo com clareza da minha satisfação e meu apoio a isso”, frisou.
Comitiva do pré-candidato veio acompanhada de representantes de importantes secretarias estaduais.
Já sobre a saúde, Paulo Câmara citou que o tema avançou nos últimos sete anos em todo o estado e, sobre Santa Cruz do Capibaribe, o pré-candidato deu seu ponto de vista geral sobre o tema quando indagado sobre a necessidade de construção de um hospital microrregional no município:
“A construção de um hospital se faz com indicadores, com demandas, vendo um todo. Não se vê só um município, mas tem que se ver a região, a importância estratégica dessa unidade de saúde e vamos ver isso a partir do mês de abril”, pontuou.
Ao ser indagado sobre as críticas ao governador Eduardo Campos (PSB) atribuídas a várias temáticas, o secretário mostrou pouco conhecimento em relação à realidade local, apontando, na maioria das vezes, dados gerais atribuídos à administração do atual governador.
Plenário da Câmara ficou lotado para ouvir as palavras de Paulo Câmara e sua comitiva.
Entre os pontos indagados, estão a não conclusão da Cadeia Pública (que está atrasada desde setembro de 2011), a não assinatura da ordem de serviço para a duplicação da PE-160 (prometida para dezembro de 2013), do aumento da violência mesmo com a implantação do 24º BPM, além do regime de tributação diferenciada para o Polo, que não foi aceito pela maioria dos pequenos confeccionistas.
Indagado sobre como parte da população poderia acreditar que as novas promessas iriam ser cumpridas nos novos prazos, Paulo Câmara citou a redução de homicídios através do programa “Pacto pela Vida”, mas não citou Santa Cruz do Capibaribe, que saltou de 39 mortes em 2012 para 45 em 2013. Sobre a cadeia pública, o mesmo apontou que espera que as obras sejam concluídas ainda este ano.
O secretário e pré-candidato destacou também que, no estado, houve avanços significativos em áreas como educação e saúde (com a construção de UPAs e hospitais na região metropolitana e interior), além de investimentos para construção na ordem de dois mil quilômetros de estradas.
Quando o assunto foi a PE-160, não respondeu o questionamento de que a mesma teria sido alvo de várias promessa anteriores, atendo-se a destacar a apresentação do projeto de duplicação prevista para iniciar em maio.
“Tudo aqui que a gente se comprometeu, tudo aquilo que se colocou no papel (nos últimos sete anos), tudo aquilo que a gente está fazendo, vai ser cumprido”, pontuou.
