Uma publicação apresentada pelo vereador Adilson Bolsonaro sobre a instalação de um regulador de tensão no bairro Malhada do Meio, gerou intensos debates durante a primeira sessão da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe, realizada nesta quinta-feira (06).

Na postagem, Adilson afirmou que teria conquistado o equipamento após uma solicitação feita à Neoenergia, durante uma reunião com a empresa. No entanto, a declaração foi contestada por outros parlamentares, que alegaram que a conquista foi fruto do esforço coletivo dos 17 vereadores da Casa.

O primeiro a criticar a atitude de Adilson foi o vereador Carlinhos da Cohab, que destacou que a reunião com a Neoenergia foi promovida por toda a Câmara.

“Ele disse em um blog da cidade que teria conseguido a primeira conquista do seu mandato junto à Neoenergia, mas isso foi uma reunião promovida pelos 17 vereadores. Adilson colocou como se fosse o conquistador dessa grande obra”, afirmou Carlinhos.

Já Emanuel Ramos apontou que Adilson teria iniciado seu mandato com o “pé esquerdo”, criticando sua postura ao não reconhecer a atuação conjunta da Câmara.

“Vossa excelência mostrou um deslize comportamental em deixar de lado uma luta dos 17 vereadores, que foram para buscar melhorias e explicações sobre a situação da energia na nossa cidade”, afirmou.

O vereador Gilson Julião também se pronunciou, enfatizando que as conquistas devem ser reconhecidas como resultado do trabalho coletivo.

“Diferente do vereador Adilson, eu digo sempre que as conquistas são coletivas. Ele não sabe o que é coletividade e não sabe o que é trabalhar em harmonia”, disse Gilson.

Tallys Maia engrossou o coro de críticas e destacou que a conquista foi intermediada pelo presidente da Câmara, Augusto Maia.

“Não foi uma conquista individual dele, mas sim da bancada, que foi até Caruaru e Recife para explanar os problemas de Santa Cruz”, afirmou.

Por fim, Adilson Bolsonaro rebateu as críticas, afirmando que seu mandato será pautado pelo regimento interno da Casa e que não pretende fazer o que chamou de “política baixa”.

“Quero dizer que todo o meu mandato será regido e baseado no regimento interno desta Casa, e naquilo que compete ao vereador, que fui escolhido para fazer. Não quero fazer aqui a política baixa, porque nas últimas eleições as urnas deram um recado pra essa Casa, e o povo tá saturado com esse tipo de política e não vou partir para ataques” – pontuou.