19
outubro

Polícia Federal diz não ter identificado participação de movimentos sociais em invasão de residencial citada por Bolsonaro em rede social


A Polícia Federal afirmou não ter identificado a participação de movimentos sociais na invasão e depredação em um conjunto habitacional,em Santa Cruz do Capibaribe, município do Agreste de Pernambuco, no mês de setembro. A afirmação contraria vídeo postado em rede social pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), na noite de domingo (17).

No material postado no Twitter, o narrador diz que as ações de vandalismo são do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST):

“Mais uma vez, o MTST, um dos braços do Movimento Sem Terra, mostra sua crueldade e selvageria, muito influenciado por partidos de esquerda, muito provavelmente influenciado por partidos de esquerda, invadiram um residencial que seria entregue à população até o final do ano. Depredaram, queimaram e danificaram o patrimônio do povo, que estava prestes a garantir a sua moradia”.

No entanto, as investigações da PF não identificaram a participação de nenhum dos grupos nas ações. Confira a nota na íntegra:

“A Polícia Federal informa que existe inquérito em andamento em Caruaru sobre as ocupações que ocorreram em Santa Cruz do Capibaribe, mas até o momento não foi identificada a participação de partidos políticos e/ou movimentos sociais em qualquer ocorrência sobre esse caso. As invasões foram feitas no dia 29 de agosto e nesse caso como em tantos outros são feitas de forma repentina. E quando isso aconteceu a PF e outros órgãos de segurança só podem agir depois de ordem da justiça de reintegração de posse”.

À reportagem, a comunicação da Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe também disse que não identificaram nenhum membro de movimento social na invasão. Além disso, informaram que o residencial tem 500 casas e não 800, como mostra na publicação feita pelo presidente da República.

Em nota, o MTST negou participação na invasão do residencial e repudiou o vídeo. Além disso, o movimento afirmou que, “apesar de respeitar a história do MST e a sua importância do interior da sociedade civil organizada”, nunca foi braço do Movimento Sem Terra.

O Palácio do Planalto também foi procurado para comentar a postagem mas, até a última atualização deste texto, não respondeu à reportagem.

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Fonte: G1/Caruaru e Região.

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