18
maio
Mulher acusada em envolvimento na morte do próprio tio em Jataúba é absolvida, mas permanecerá presa devido a acusação de ter participação na morte do delegado Anderson Liberato
Fotos: Arquivo/Blog do Ney Lima.
Nesta quinta-feira (18) foi realizado o julgamento no Fórum de Santa Cruz do Capibaribe, de Elisângela Almeida Alves Santana, acusada de ter envolvimento no homicídio que vitimou o seu tio, José Edielson de Almeida Ramos, conhecido por “Inácio de Ananias”, que foi morto por disparos de arma de fogo na cidade de Jataúba em abril de 2021.
Durante o julgamento desta quinta, o representante do Ministério Público sustentou a absolvição do delito de homicídio devido a ausência de provas robustas que liguem Elisângela ao crime de morte. No mesmo sentido, a Defesa Técnica da acusada sustentou como tese defensiva a negativa de autoria.
Já a assistência da acusação sustentou a condenação de Elisângela pelo delito de homicídio duplamente qualificado, pelo motivo fútil e o recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Ao final do julgamento e por maioria de votos, o Conselho de Sentença votou negativo para os quesitos de autoria e acabou absolvendo Elisângela nesse caso em que vitimou o seu tio.
De acordo com o juiz que presidiu o júri, apesar de ser absolvida nesse crime, Elisângela deverá permanecer presa em virtude de outro mandado de prisão que há contra ela, sobre a acusação de também de ter participação na morte do delegado de polícia Anderson Liberato, que ocorreu poucos dias após da morte do tio de Elisângela.
No dia da morte do delegado, as Polícias Militar e Civil cercaram o apartamento onde estava Elisângela e o seu ex-companheiro, José Carlos de Santana, para cumprirem mandados de prisão. Durante esta ação, o delegado de polícia, Anderson Liberato foi alvejado por três disparos de arma de fogo, vindo à óbito.
Na troca de tiros com o delegado, o suspeito José Carlos foi baleado na perna, sendo morto durante transferência para o Hospital Regional do Agreste, em Caruaru, onde no trajeto na BR-232, próximo ao Sítio Juriti, um veículo interceptou a ambulância e pessoas desconhecidas assassinaram o José Carlos.
O julgamento de Elisângela em relação a acusação no envolvimento na morte do delegado está previsto para ocorrer no próximo mês de julho.
