04
janeiro

Minha oração para o novo ano: A conversão do meu olhar! – Por Claudionor Bezerra


“Se teu olho te faz tropeçar, arranca-o e joga-o fora, pois é melhor…” (Mt.5.29)

Claudionor Bezerra é Bacharel em Teologia e Especialista em Teologia e o Pensamento Religioso; pastor evangélico congregacional; Contador Especialista em Controladoria atuando como Analista Fiscal na COMPESA e Professor no curso de Ciências Contábeis na Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (FACHO). Consultor e sócio na BEZERRA & ASSOCIADOS ASSESSORIA CONTÁBIL.  Casado com Mônica Vilazaro e pai de Miguel Vilazaro Bezerra.

Senhor! Confesso a malignidade do meu olhar. Sim. Não há como resistir. Tu sabes. Sei que quando olho para mim mesmo mergulho em justificativas e auto-exaltação. Me sinto o melhor. Me vejo o mais competente. Me enxergo como sendo o mais útil servo Teu. Também confesso que só me vejo assim porque tenho a mórbida necessidade de me comparar aos outros. Escolho aqueles que, segundo meus critérios carnais, são piores do que eu. Reconheço. Meu olhar está me afastando das pessoas que amo. Elas percebem e não suportam a minha irritável presença.

Ah Senhor! Converte o meu olhar!

Sei que sou capaz de fazer os mais apaixonantes discursos sobre os dilemas mundiais mas, ao mesmo tempo, incapaz de ver a dor daquele que está mais próximo. Meu olhar me seduziu e produziu em mim um desejo messiânico quando, na verdade, o Senhor ensinou apenas a ser “bom samaritano” para o próximo na estrada do alcance dos meus olhos.

Ah Senhor! Cura minha visão!

Meus olhos se vestem com a toga dos juízos e ninguém escapa da capacidade cirúrgica do meu olhar judicioso. Foi vendo assim que me tornei habilidoso em discernir os “ciscos”, mas não notei a “trave” que me cegava todo dia.

Ah Senhor! Me dá olhos de compaixão!

Notei que muitos são cegos. E notei ainda que havia muitos cegos que guiavam outros cegos. Mas apenas enxerguei os lobos e não percebi as ovelhas. Por isso meu olhar se tornou amargo, visto que me revoltei por ter sido também guiado por estes cegos. Odiei os guias cegos. E sem perceber, minha visão me fez rude, me fez mergulhar no criticismo! Comecei a contabilizar os inimigos “guias cegos” com uma soberba que se orgulhava da visão “clara” que eu jugava ter. Depois me dei conta que a minha visão por mais mais límpida que eu achava que estivesse ainda andava eivada de prepotências. Lembrei do Teu olhar. Conquanto Tu não fingia que não vias, ainda assim vias além do que religiosidade. Aprendi contigo que o mais perverso religioso ainda é um ser humano que deve ser olhado com compaixão e a multidão guiada por eles são por Ti chamadas de “ovelhas” desgarradas. Perdoa o meu olhar arrogante!

Ah Senhor! Me dá a graça de enxerga o transcendente!

Não são poucas as vezes que meu olhar se tornou mortalmente perigoso. Percebi que não era capaz de suportar nenhuma afronta e logo meu olhar se tornara assassino. Reagi animalescamente aos que tentavam me contrariar e percebi que ainda não fui capaz de ser como Tu. Visto que quando encobriram o teu olhar e te bateram perguntando em zombaria “quem te bateu?” teu silêncio me diz onde estava o teu olhar. Como Estêvão que não via as pedras, mas via o Trono e Aquele que nele estava sentado!

Ah Senhor! Me ensinar a amputar o que está em mim, mas não sou eu!

Quando eu achava que os escândalos estavam fora de mim, que susto! Os meus olhos eram a fonte da minha escandalização. Teu diagnóstico é minha salvação. Tua cura se me tornou em dor. Pois o que exiges é para mim a escolha de “sabedoria”, mas não me evita o sofrimento. Assim sendo decidi que preciso amputar o olhar que me torna mal. É melhor perder aqui, para ganhar lá!

As opiniões aqui expressas, são de responsabilidade do seu idealizador

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