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Identidade visual do Festival de Inverno de Garanhuns 2025 será inspirada na xilogravura pela primeira vez em 35 anos

Pela primeira vez em sua história, o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) adota a xilogravura como base estética de sua identidade visual. A 33ª edição do evento, que se consolidou como um dos maiores festivais culturais do país, terá seu conceito gráfico assinado pelo artista Bacaro Borges, natural de Bezerros e filho do mestre da xilogravura J. Borges, homenageado póstumo do festival neste ano.

A proposta estética desenvolvida por Bacaro busca retratar a alma do FIG por meio de elementos visuais característicos da xilogravura, representando o cotidiano do povo nordestino, suas manifestações culturais, cenas de rua e expressões típicas do Agreste pernambucano. A escolha do artista carrega um forte simbolismo e uma ligação direta com a tradição cultural de Pernambuco.

J. Borges, falecido em 2024, foi um dos maiores nomes da arte popular brasileira. Reconhecido internacionalmente, tornou-se referência por retratar em suas obras o universo do cordel, mitos, lendas e o dia a dia do sertanejo, sendo oficialmente reconhecido como Patrimônio Vivo de Pernambuco.

Bacaro Borges, hoje com 25 anos, iniciou sua trajetória artística ainda criança sob a influência direta do pai. Com um estilo próprio e contemporâneo, o artista vem conquistando reconhecimento por suas obras repletas de sensibilidade e crítica social, que seguem a técnica tradicional da xilogravura, mas com abordagem atualizada.

“É uma satisfação enorme fazer este trabalho tão especial, porque o Festival de Inverno de Garanhuns é um evento conhecido nacionalmente e mundialmente. E a gente tem toda uma história com a cidade também. É uma cidade que eu particularmente gosto muito”, afirmou Bacaro.

A adoção da xilogravura como identidade visual do FIG 2025 reafirma o compromisso do festival com a valorização da cultura popular e o diálogo com o patrimônio artístico do estado. O evento reforça, assim, seu papel de difusor da arte nordestina e de suas múltiplas linguagens, mantendo vivas as tradições ao mesmo tempo em que abre espaço para novas interpretações.

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