23
dezembro


 


Secretaria Municipal de Educação

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ANÁLISE SUBJETIVA DA APLICAÇÃDAS AVALIAÇÕES EXTERNAS  PROVA BRASIL E SIEPE – EM SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE, NESTE MÊS DE NOVEMBRO DE 2013.

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      Imbuído do compromisso social, político, mas especialmente educacional, venho tornar pública minha extrema preocupação com o que foi, atenta e imparcialmente, observado pelos aplicadores das avaliações externas PROVA BRASIL E SAEPE, em nosso município, nestes últimos dias do mês de novembro.

 

Tivemos um período de extremo aprendizado (a duras penas) neste primeiro ano de gestão, especificamente na Secretaria de Educação o cotidiano é de conhecer a fundo o universo que demanda esta pasta municipal e ao mesmo tempo estamos constatando as contradições entre os discursos e as práticas  educacionais das gestões anteriores, visto que, encontramos as escolas no seu mais amplo abandono, um verdadeiro “FAZ DE CONTA QUE A EDUCAÇÃO MUNICIPAL ANDAVA BEM”.

 

Como Secretário de Educação e vice-prefeito desta cidade, venho levar ao conhecimento de toda a população minha preocupação e inquietação quanto aos possíveis resultados da PROVA BRASIL e SAEPE aplicadas este ano, e suas consequências para o ano de 2015; sabedor que, os resultados destas avaliações externas ( nacional e estadual, respectivamente), interferem (junto a outros critérios) nas verbas que o município receberá  para a educação no ano subsequente às suas aplicações, fico intrigado  quanto aos índices atuais ( a média  no IDEB  de Santa Cruz 2011  com reflexo até o próximo resultado foi de 4,5  no Ensino Fundamental I e 3,2 Ensino Fundamental II. Contudo, o que foi obsevado durante as aplicações nas turmas de 3º (SAEPE), 5º e 9ºs anos foi uma gritante dificuldade de leitura e compreensão de grande parte dos alunos em relação a ler, interpretar e responder às mesmas, e esta realidade é caótica por se tratar de alunos que estão no 9º ano (antiga 8ª série) e esse grupo numeroso de  alunos, pasmem, demonstraram não saber ler, tão pouco compreender o que cada prova lhes propunham.

 

Fico me perguntando, e esta pergunta também tem sido feita por toda atual equipe técnica-pedagógica da secretaria: Como pôde – se obter estes resultados com alunos que estão ingressando no Ensino Médio sem sequer saberem ler, compreender nem interpretar uma questão e respondem estas avaliações na base do “Chute”? Como o nosso município já obteve o maior destaque no contexto estadual se nossos alunos demonstraram não dominar as quatro operações fundamentais? Como a cidade conquistou uma média tão comentada se existe um índice tão alarmante de evasão no turno da noite que nos leva a tomar medidas extremas para em 2014 resguardarmos e garantirmos a permanência e  segurança de alunos e professores nas escolas, para que com isso possamos resgatar a qualidade, a credibilidade  e o estímulo dos alunos e profissionais da área pelas ricas e fundamentais experiências humanas de ensinar e de aprender, institucionalmente? Venho aqui, dividir com os cidadãos santa-cruzenses nossas angústias, porque quando nos propomos a assumir a responsabilidade desta secretaria estamos todos imbuídos do desejo de fazer isso com seriedade, honestidade, foco na qualidade e determinação para modificar, ajustar, consertar e exterminar tudo e qualquer ranço ou ação que tenha em algum momento da história tornado a educação pública municipal um alvo de descontentamento e incredulidade quando se olha pra ela buscando dados concretos, ações edificantes e eficazes para que nossos jovens tenham verdadeiramente uma educação digna de garantir-lhes um futuro mais justo, digno e transformador de sua realidade.

 

Por isso, quero aqui também, convidar os senhores a três ações relativas a estas avaliações externas (PROVA BRASIL e SAEPE), são elas:  1ª – conversem com seus filhos que já fizeram estas provas em outros anos e perguntem a eles quais as informações que eles recebiam para fazerem as mesmas?; 2º perguntem aos seus filhos que fizeram estas provas este ano e façam o mesmo questionamento; e 3º aguardem conosco o resultado destas avaliações em 2014. ESTAMOS TORCENDO POR UM RESULTADO POSITIVO, porém a realidade apresentada nos angustia e preocupa, e como cidadãos conscientes e sabedores de que o ensinar e o aprender são processuais (ou seja, não é possível modificar uma situação estabilizada por doze anos , seja para positivo ou negativo em apenas um ano) estamos conscientes do quanto lutamos incansavelmente para colocarmos a educação pública num patamar de resultados concretos e condizentes com a realidade vivida dentro de cada escola da nossa rede. Agradecemos a atenção e abraçamos a todas as famílias fraternalmente.

 

 

          DIMAS PEREIRA DANTAS                            EDSON DE SOUZA VIERA

Secretário Municipal de Educação                      Prefeito Constitucional

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Informações da Assessoria

2 Comentários

  1. Marcos Conselheiro Tutelar disse:

    Quero, como Conselheiro Tutelar, aproveitar a oportunidade, para parabenizar e por que não dizer aplaudir, a sinceridade do Secretário de Educação Dr. Dimas Dantas, quando num ato de coragem vem à público mostrar uma realidade que vem sendo mascarada há vários anos em nosso município. Não é de hoje que como Conselheiro Tutelar, questiono esse método da criança e do adolescente passar de ano nas escolas públicas, principalmente municipais, de forma muito clara sem o aproveitamento necessário para que essas crianças e adolescentes possam subir mais um degrau e se comparar aos alunos de outras escolas, onde se exige uma qualidade melhor no aproveitamento. Sempre que visitamos escolas ou nos contatos com os estudantes, temos verificado a dificuldade de escrever, falar corretamente ou interpretar um texto por mais simples que seja. Diga-se de passagem, que aqueles que se destacam fica muito nítido o esforço pessoal e dos de familiares para que os mesmo tenham um bom desempenho, pois se forem depender da qualidade do ensino e dos métodos que as escolas públicas tem oferecido, a situação seria muito pior. Sabemos que a questão é nacional, mas podemos fazer a diferença, se o caso for tratado com seriedade e sem maquiagem, como é muito comum acontecer. Infelizmente o ensino público em nosso país é direcionado politicamente em sua direção. Só teremos avanços efetivos e verdadeiros, quando houver uma desvinculação da política e da educação, principalmente nas oligarquias ainda vigentes em várias cidades do Nordeste brasileiro.

  2. Tenório disse:

    Até hoje ainda não entendi, entre outras coisas, o que a sigla SIEPE está fazendo no título dessa matéria. Até aqui ele atormenta os professores kkkkkk

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