Na manhã desta sexta-feira (31) o Blog do Ney Lima entrou em contato com Nete Vieira, diretora do Ambulatório Médico Especializado (AME) de Santa Cruz do Capibaribe. Na oportunidade, ela esclareceu algumas dúvidas em relação a uma denúncia feita ao blog pela senhora Joelza Maria do Nascimento no início desta semana (relembre o caso clicando AQUI).
De acordo com a denúncia, a dona de casa Joelza Maria, sua filha e o genro teriam sido vítimas de um suposto mau atendimento prestado por parte da diretora do AME, Nete Vieira. A dona de casa afirmou que todos teriam chegado cedo à unidade hospitalar, porém, várias pessoas teriam passado a frente deles. Procurada por nossa equipe de reportagem, Nete Vieira esclareceu essas declarações.
“A gente usa o critério do que é feito, no caso a chamada por marcação da Secretaria, que é a central, quando começamos a chamar, lá existe um livro que é preenchido e é exclusivo para o uso do médico. Nós preenchemos os dados do paciente, entregamos uma ficha e no livro do médico existe a numeração. Nesse caso da filha dela junto com o genro, a senhora afirmou eles seriam os números 9 e 10, porém, eles seriam o 5 e o 6. A recepcionista me informou que no momento em que eles foram chamados, eles não estavam presentes, não só eles, mas como alguns, então o exemplo é o seguinte: O que era terceiro passou a ser 26°” – relatou.
Nete Vieira comentou sobre os atendimentos prioritários relatados por Joelza Maria.
“Nós passamos as prioridades antes de chamar pela lista da Secretaria, aos idosos, deficientes e diabéticos, pois eles têm prioridade no exame de endoscopia, pois eles vêm sem se alimentar desde o dia anterior e então quando terminamos as preferências aí sim, passamos a chamar a lista da Secretaria” – pontuou.
A diretora Nete Vieira falou com mais detalhes sobre o fato ocorrido.
“Quando ela (Joelza Maria) chegou ao AME, ela foi comunicada pela recepção que ‘estava chegando atrasada e que eles não iriam ficar na mesma posição’, depois ela chegou a indagar por algumas vezes para recepcionista, que explicou novamente. No momento em que a recepcionista se ausentou, eu passei a seguir a chamada e quando comecei foi na senha 24, foi quando essa senhora chegou para mim e perguntou ‘Eu queria saber por que a minha filha e meu genro ainda não foram chamados? ’. Eu pedi que ela tivesse um pouco de paciência, que eu iria ver qual era a posição da filha e do genro dela e explicaria o que teria acontecido, quando comecei a chamada não sabia quem era, então chamei a filha e o genro no meio da primeira chamada. Então essa senhora passou nas minhas costas e falou ‘Eles estão morrendo de fome, isso é um absurdo, falta de respeito’, de imediato, eu olhei pra ela e disse ‘olhe minha senhora, todos aqui estão com fome sem se alimentar direito desde ontem, mas todos estão esperando’ e quando eu falei isso, eu não sabia que a filha estava na minha frente, então a filha dela começou a dizer alguns palavrões terríveis, eu pedi a ela que não continuasse, pois nem eu e nem o pessoal que estavam no local seriam obrigados a ouvir aquilo” – frisou.
Ao ser questionada sobre as declarações de Joelza Maria de que a diretora teria dito que a filha não seria atendida, Nete relatou.
“Quando eu percebi que os ânimos estavam bastante alterados, eu vi que não tinha condições de realizar os exames da paciente. Eu fui até ela e disse ‘por tuas atitudes e pelos ânimos estarem bastante alterados não tem condições de fazer o exame, mas o do seu esposo não tem problema nenhum”, então a mãe dela voltou e começou ‘por que não vai fazer, vai ter que fazer’ e começou a gritalhada, o genro dela entrou na sala do médico e fez os exames.
Nete Vieira foi indagada sobre a presença da Guarda Civil Municipal na unidade hospitalar.
“Não tinha como controlar a situação, tentei demais que eles se mantenham calmos, mas não teve como e então tive que solicitar a presença da Guarda. Os guardas chegaram e ofereci um consultório para que possamos conversar melhor e eles (os guardas) disseram que não seria necessário e, que seria no lado de fora mesmo, em seguida a senhora entrou no telefone dizendo que ‘teria sido bem atendida pela guarda e que iria procurar as rádios’. Esta semana ela retornou e eu disse à ela que não iria colocá-la na frente de ninguém, ela começou a gritar mais uma vez e disse que, teria obrigação de ser atendida na hora que ela quisesse, então desceu as escadas, foi embora e não pegou a documentação que ela precisava”, concluiu.