15
março

Artigo – Por Adriano Oliveira


O QUE IMPORTA É A CONJUNTURA

 

As pesquisas internas chegam às mesas dos pretensos candidatos aos governos estaduais. A cada pesquisa, nova expectativa. Em alguns momentos, o candidato, diante dos dados, constrói sentimento de otimismo. Em outro instante, pessimismo. A dúvida norteia o candidato. E ele demora a tomar decisão.

Pesquisa de intenção de voto tem forte utilidade quando o dia da eleição está próximo. Quando não, a intenção de voto é um indicador, o qual pode conduzir o candidato ao erro estratégico. A avaliação da administração é outro indicador que conduz a ações equivocadas. Ambas provocam ilusão eleitoral. O que importa, neste instante, é a conjuntura em que o eleitor fará a sua escolha.

A eleição vindoura ocorrerá em uma conjuntura em que as seguintes variáveis estarão presentes: (1) crise econômica, (2) insegurança pública, (3) lulismo, (4) governo Temer/candidato do PSDB. Estas variáveis podem ter o poder de influenciar a escolha do eleitor. Qualquer pesquisa que se preze, qualitativa e quantitativa, tem que abordar estes elementos que estão na conjuntura.

A crise econômica cria eleitores tolerantes com governadores candidatos à reeleição? A crise econômica quando utilizada sabiamente pode motivar eleitores a manterem governadores no poder. A insegurança pública, em particular a taxa de homicídios, influencia a escolha do eleitor? Governadores que governam estados com alta taxa de homicídios poderão ser punidos pelo eleitor. Entretanto, opto por diferenciar sensação de insegurança e taxa de homicídio elevada. Tenho a hipótese de que a primeira pode influenciar fortemente a escolha do eleitor.

Especificamente nos estados nordestinos, o lulismo, o governo Temer e o PSDB estarão em confronto. Existirá o governador candidato que apoia Lula e o candidato a governador que apoia Temer ou apoiou o governo Temer, por exemplo. O candidato do lulismo terá respaldo eleitoral. O crescimento da popularidade do governo Temer, em particular durante a campanha eleitoral, sugerirá a força do candidato de Temer nas disputas estaduais. Processo semelhante ocorrerá com o candidato do PSDB.

Além das variáveis apresentadas, as pesquisas devem também identificar os sentimentos dos eleitores na conjuntura e quais outras variáveis podem influenciá-los. Quem olha hoje a intenção de voto e despreza a conjuntura em que a eleição ocorrerá, fica em estado de dúvida e de profunda inércia. Com isto, perde o tempo necessário para construir estratégias e de ser, por consequência, um candidato competitivo.

 

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