30
outubro

Artigo – Por Adriano Oliveira


O QUE OCORRERÁ NA ELEIÇÃO DE 2018?

 

Pesquisa realizada pelo Instituto Uninassau entre os eleitores recifenses nos dias 04 e 05 de outubro de 2017 revela quais os desejos do eleitorado. Apesar da pesquisa ter sido realizada apenas na capital pernambucana, os seus resultados possibilitam respostas para perguntas que estão presentes nas mentes de estrategistas, políticos, analista e jornalistas.

A pesquisa do Instituto Uninassau utilizou de premissas da economia comportamental e da psicologia. Em diversas perguntas contidas no questionário do survey, os entrevistados foram inseridos, inicialmente, em um contexto. E em seguida, a pergunta foi realizada. Portanto, a tomada de decisão do eleitor ocorreu em um dado contexto, o qual poderá existir no futuro.

Os eleitores estão fartos com as denúncias de corrupção? Era previsível que os brasileiros, em algum instante, enjoassem do noticiário sobre práticas ilícitas, pois as notícias sobre tais temas foram abundantes. Para 47% dos eleitores, as denúncias de corrupção trazidas pela imprensa “não contribuem para nada”. 40% afirmam que contribuem para “livrar a política dos corruptos”. E 63% dos recifenses estão “cansados” das notícias de corrupção envolvendo políticos.

O eleitor deseja o “novo”? 57% dos entrevistados concordam com a seguinte afirmação: “Todos os políticos são iguais”. 41% acreditam que um neófito na política pode “mudar a política”. Mas 21% afirmam que não e 31% talvez. Portanto, existe desconfiança majoritária quanto à possibilidade de um ator novo mudar a prática política.

A pesquisa fez a seguinte indagação:

Existem três candidatos. O candidato Antônio é político tradicional, têm vários mandatos como deputado federal; O candidato Pedro não é um político tradicional, pois possui apenas um mandato de deputado federal; E o candidato Carlos nunca foi político e nunca disputou uma eleição. Em qual destes candidatos você deseja votar para deputado federal?

O candidato Carlos, o que nunca foi político, obtém 41% de intenção de voto. Antônio, o político tradicional, 16%. Pedro, político com mandato, 13%. 30% não escolheram nenhum candidato. Parte do eleitorado deseja o “novo”. Porém, este desejo não é tão forte. Existe espaço entre os eleitores para políticos que já exercem a atividade política.

 “Mesmo que não seja político, entrou na política, se contamina”. 43% dos eleitores “concordam plenamente” com esta frase. E 37% “concordam”. Portanto, a descrença para com os políticos não é específica para um ator ou vários atores. É para a prática política. Isto significa que se o “novo” passar a ser político, ele conquistará a desconfiança de parte majoritária dos eleitores. Diante desta realidade, o desejo pelo “novo” existe. Mas ele não é intenso. Existe espaço para candidatos que já estão na política.

O eleitor deseja mudança? 51% dos eleitores pretendem ir votar na eleição vindoura. Neste universo, 46,2% afirmam que irão votar porque desejam mudança. É importante decifrar que tipo de mudança o eleitor deseja. Mudança para um candidato “novo”, por exemplo? A pesquisa da Uninassau inseriu o eleitor em dado contexto e fez a seguinte indagação:

Preste atenção. Suponha que para o cargo de presidente da República existam três candidatos. Em qual deste você votaria para presidente da República?

Carlos, o candidato novo, obteve 38% de intenções de voto. Pedro, o candidato que fez o Brasil melhorar, 21%. E Antônio, o candidato que fez pelas pessoas, 18%. 23% não escolheram nenhum dos competidores. Mais uma vez, constato o desejo majoritário pelo novo. Contudo, competidores tradicionais também terão espaço na vindoura eleição presidencial.

Suponha que você, neste instante, reconhece que a sua vida está melhorando. Você está otimista com o país. Neste momento, você prefere um candidato a presidente que traga … Esta indagação contida na pesquisa da Uninassau revela a fragilidade do candidato “novo” em dado contexto. 58% dos eleitores afirmaram que votarão em um candidato que “traga a certeza de que tudo está melhorando”. E 20% em um candidato que traga “o bom passado”.

Os eleitores desejam mudança da situação X- (X negativo) para X+ (X positivo). Esta mudança não significa forte desejo pelo candidato “novo”. Se o bem-estar dos eleitores vier a surgir (X+), um competidor que venha a ser reconhecido como o condutor dele, poderá vencer a vindoura disputa presidencial. Um competidor que seja visto como condutor de que em alguma época trouxe bem-estar também. Portanto, a pesquisa da Uninassau sugere que a eleição presidencial de 2018 poderá ocorrer entre um candidato governista, ou seja, apoiado pelo presidente Temer, caso o bem-estar venha a surgir; versus um candidato apoiado pelo lulismo, já que existem eleitores que têm memória positiva para com o ex-presidente Lula.

.

As opiniões aqui expressas são de responsabilidade de seu idealizador

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Notícias Anteriores


Meses Anteriores