26
dezembro

Artigo – Por Adriano Oliveira


BALANÇO DA DÉCADA

 

Em 2010, o presidente Lula encerra o seu mandato com grande aprovação popular. Existia um consenso em torno do nome de Lula na maioria do eleitorado brasileiro. O ex-presidente consegue eleger Dilma Rousseff por duas vezes. No ano de 2014, surge a Lava Jato. Esta conseguiu desvendar o sistema produtivo da política brasileira, o qual é caracterizado por relações interessadas entre empresas e políticos. Relação normal. E não necessariamente ilícita.

A Lava Jato possibilitou o declínio do lulismo. O combate à corrupção, como bem revelou pesquisas, ganha voz entre os eleitores. Inflação, desemprego e saúde eram, antes da Lava Jato, os principais problemas para o eleitor. Em 2016, a então presidente Dilma Rousseff sofre impeachment. O PSDB, à época, principal partido de oposição ao lulismo, é ator estratégico na condução do impeachment junto com o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

O vice-presidente, Michel Temer, assume o poder. Outdoors se espalham nas ruas do Brasil incentivando os brasileiros a trabalharem, em vez de pensarem na crise econômica. A Lava Jato continua a agir. Temer é alcançado pelo Ministério Público Federal. No decorrer da Lava Jato, Sérgio Moro e Jair Bolsonaro ganham popularidade. Lula é preso às vésperas da eleição presidencial. Lula apresenta Haddad. Após uma facada, o PSDB desaparece, Haddad chega ao 2° turno e Bolsonaro é eleito presidente do Brasil. Em seguida, o presidente eleito anuncia Sérgio Moro como ministro da Justiça.

Em 2019, Lula é solto e mantém a popularidade recuperada. Um processo de vitimização ou de pena acontece. De acordo com o Datafolha, 54% consideram a soltura do ex-presidente Lula como justa. Esta pesquisa revela também que Sérgio Moro, o algoz do lulismo, é mais popular do que o presidente Bolsonaro.

Estamos próximos a 2020. Ano de eleição municipal. Lula solto. Lulismo reativado. Bolsonarismo e morismo consolidados. Moro entre a fidelidade e a urna. Como será a próxima década? Uma ordem eleitoral existe. Moro, Lula e Bolsonaro são seus principais atores. Eles chegam em 2020 como os principais sujeitos da década vindoura. Presidenciáveis propõem o surgimento do centro. Mas este, por enquanto, está imprensado. É apenas desejo.  A eleição de 2022 possibilitará o surgimento de uma nova ordem, isto é, de uma nova liderança política para além do lulismo, do bolsonarismo e do morismo? Feliz 2020!

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