10
novembro

Paciente com doença grave segue na ‘luta’ por medicamentos do governo estadual


Fotos: Janielson Santos.

Diagnosticada desde 2012 com ‘lúpus sistêmico’, a paciente Wilsineia de Araújo (Néia), 35 anos, continua aflita aguardando resposta por parte do Governo do Estado, para receber medicamentos de alto custo, para o seu tratamento.

Néia tem uma doença autoimune que pode afetar pele, articulações e vários órgãos. Uma inflamação no organismo que compromete órgãos, como coração, rins e pulmão, como foi o seu caso. Sua situação foi relatada pelo blog (VER AQUI) em 10 de setembro de 2016.

Na tarde dessa quarta-feira (9), ela compareceu ao programa Patrulha do Agreste, na rádio Polo FM, onde expôs, mais uma vez, a dificuldade para receber medicamentos que deveriam ser disponibilizados pelo governo do Estado de Pernambuco.

“É complicado. Tinha um grupo de 79 pacientes, com esse problema, já morreram sete”, relata.

Portadora de um problema cardíaco, Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), ela apresenta um quadro de limitações em suas atividades habituais, evitando excessos devido ao cansaço, provocado pela insuficiência respiratória. Até mesmo atividades simples do dia-a-dia, como subir uma escada, são enfrentadas por ela com dificuldade.

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Durante um período de mais de seis meses, para receber um medicamento mais caro, relata que a resposta mais ouvida foi “aguarde”. Enquanto isso, se mantém com ajuda de amigos e família de pacientes já falecidos, que fazem a doação do medicamento, além de tomar menos remédio que o indicado, para durar por mais tempo.

“Eles dizem que não tem previsão, que a licitação foi feita, mas que aguarde”, fala.

“São doações de pacientes que morreram, medicamentos que foram doados pela família, também doações de amigos. Mas chega um ponto que não conseguimos mais. Se continuar assim, vou ficar ‘presa’ a um balão de oxigênio”, diz e completa. “Tá esgotando todas as minhas chances, expectativas… Fico limitando o medicamento, em vez de tomar dois comprimidos, estou apenas tomando metade”

De acordo com ela, já buscou o secretário de saúde de Santa Cruz do Capibaribe, bem como representantes políticos, citando o deputado Diogo Moraes (PSB), que têm dado suporte, na medida do possível.

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Atualmente, Néia afirma que faz uso de 14 medicamentos distintos, toma cerca de 30 comprimidos por dia em dosagens que agem no problema e controla reações.

Resposta

Em 10 de setembro de 2016, o Blog do Ney Lima entrou em contato com a ‘Ouvidoria Central da Secretaria Estadual de Saúde’, bem como com o Gabinete do Secretário Estadual, para saber quais as causas para o suposto cancelamento do medicamento e quando retornará ao normal.

Em e-mail/resposta, a Ouvidoria Central assegura que possibilita o diálogo entre sociedade e a gestão, afirma que o caso foi protocolado e encaminhado para análise do ‘setor competente’. Ainda de acordo com a Ouvidoria, o prazo legal para resposta é de 60 dias, prazo que venceu este mês. (VER AQUI)

Na oportunidade, o Gabinete do Secretário, não enviou qualquer posicionamento.

Voltamos o contato com a Superintendência de Comunicação, na tarde desta quinta-feira (10), e estamos aguardado respostas sobre o caso.

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