Fotos: Elivaldo Araújo
O vereador Vânio Vieira (PSDB) foi o entrevistado na manhã desta sexta-feira (04), no Programa Rádio Debate fazendo um resumo do seu primeiro mandato, na Casa José Vieira de Araújo. Em menos de três anos, o vereador deixou a base de sustentação do governo, cobrou CPI para investigar a gestão e gravou reuniões internas do grupo, gerando diversas polêmicas.
Como requerimento de destaque, Vânio enfatiza que a maior obra de Santa Cruz nasceu de um pedido de sua autoria, o Calçadão Miguel Arraes de Alencar. Coincidentemente ele é o autor do pedido para abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga suposta falhas na distribuição de bancas no centro de vendas.
Vânio ainda falou em pedidos para calçamentos, saneamento e o construção de obras na área de saúde.
Ética, rompimento com Eduardo da Fonte e relação com Dimas Dantas
Usando o argumento de ‘vereador ético’, Vânio rompeu com o Eduardo da Fonte (PP), no primeiro indício de corrupção do deputado. Hoje garante que não tem arrependimento.
“Se fosse para fazer de novo faria, e faço no futuro se preciso for”, diz.
Com a cautela de Dimas Dantas, em esperar por um julgamento do deputado, o vereador justifica que com uma condenação e o vice-prefeito continuar lhe apoiando, será o primeiro a se posicionar contra.
Para o vereador, é difícil encontra atualmente uma sigla que não esteja envolvida em escândalos de corrupção, e justifica que a diferença estará no próprio político. E reconhece ainda que de fora das duas alas partidária em santa-cruz dificilmente é eleito.
“A diferença está em você, que pode ser diferente”, diz e acrescenta mais à frente. “O trabalho que venho fazendo é contra a corrupção. Eu devo ser o vereador que mais enfrentou isso”.
Contradição?
Em uma de suas denúncias, Vânio afirma que toda a bancada de situação recebeu listas para fazer indicações de funcionários para agentes de endemias e famílias para serem comtempladas com casa populares, no Jaçanã. Confirma que também indicou para agentes e justifica pela inexperiência.
“Se eu falei é porque estava dentro da reunião, foi oferecido a todos os 10 vereadores que indicassem 5 nomes”, reafirma e completa mais à frente “Nas casas do Jaçanã de forma alguma, (fez indicações) agente de edênicas, sim”, falou.
Indagado de seria tráfico de influência, explica. “É sem dúvida alguma. E eu disse na tribuna da câmara a respeito disso, foi feito todo mundo e nas minhas gravações coloquei completo. Agora isso o início do mandato sem experiência, sem saber se era coreto ou não. Mas tenho hoje a capacidade de dizer que foi um erro. Se foi erro e trafico de influência tenho que assumir ele e pagar por ele. Por ter cometido um erro”, falou.
“Se José Augusto for candidato, eu não serei candidato em 2016”, fala.
Para finalizar, Vânio garantiu que jamais apoiará uma possível candidatura de José Augusto Maia, e acrescenta que não disputará nova eleição, caso o mesmo seja candidato. No entanto, não seria empecilho subir no mesmo palanque, ambos apoiando Fernando Aragão.
