26
fevereiro

Segue polêmica dos coffee-breaks, em Santa Cruz


Controlador e Vereador trocam acusações sobre nova denúncia contra administração municipal

Fotos: Arquivo

Fotos: Arquivo

Em participação no programa Rádio Debate, o controlador geral do município, Berg Alves, entrou no ar para falar sobre a polêmica gerada com a nova denúncia envolvendo coffee-breaks.

 

A nova denúncia foi mostrada pelo vereador Ernesto Maia (PSL) na tribuna da Câmara que mostra cinco documentos, assinados pelo Secretário Municipal de Educação, Joselito Pedro, atestando que foram servidos coffee-breaks a 04 eventos de capacitação e 01 de festividades aos professores.

 

Nesses eventos, de acordo com os documentos apresentados, estavam incluídos nos coffee-breaks diversos itens relacionados a tábua de frios como queijo do reino, queijo provolone e presunto que, segundo o vereador Ernesto, não teriam sido servidos, porém foram pagos com dinheiro público.

 

De acordo com uma das professoras citadas pelo vereador, Elieudes Bezerra, que também foi ouvida pela equipe deste blog através de telefonema, em nenhum desses eventos de capacitação, que aconteceram entre março e setembro de 2015, foram servidos os três itens mencionados nos documentos. Confira cada um deles (clique para ampliar ou faça o download):

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Controlador sinaliza que ausência de itens nos pratos de frios, que foram descritos em atesto, seria culpa da empresa fornecedora

 

Segundo Berg, o vereador estaria distorcendo os fatos para gerar repercussão política e falou sobre os atestos assinados por Joselito.

 

Berg Alves

“Os atestos eles reproduzem aquilo que está escrito no termo de referência (da licitação). Os atestos que vocês têm em mãos falam do prato de frios, salgados e falam dos refrigerantes. Os ingredientes do prato de frios seriam esses daí: o presunto, o salame, a azeitona e os queijos do tipo provolone, prato, reino ou mussarela. Esses pratos de frios foram servidos e como se coloca lá: ‘Mais um escândalo do queijo do reino, 230 quilos de queijo do reino’… Isso tudo é uma clara intenção de se distorcer os fatos porque o que está escrito aí que é o prato de frios contendo outros ingredientes. Quando se coloca lá ‘provolone, prato ou reino’, não quer dizer necessariamente que os quatro foram servidos nesse prato de frios, até porque vamos observar que o valor de 500 gramas em um prato de frios desse é R$ 40,00. Isso foi tudo licitado” – disse.

Berg completou citando que se poderia perguntar depois aos professores se eles tiveram, nos coffee breaks das capacitações, se foram servidos presunto, salame, azeitona e não o queijo do reino, dando a entender que a ausência de tais produtos nos pratos de frios aconteceu por culpa da empresa citada.

 

“Isso pode não ter sido servido e quanto aos atestos, isso mostra que nós não temos, a prefeitura, o Poder Público e a Secretaria de Educação, não tem nada a esconder porque reproduz o que está no contrato” – disse.

 

Questionado pelo debatedor Ralf Lagos se o atesto assinado diria que a mercadoria descrita foi recebida e servida e que ela seria o fechamento da licitação após os trâmites legais, Berg usou o atesto do mês de agosto, que não descreve os itens presentes nos pratos de frios.

 

Questionado mais uma vez, dessa vez pelo debatedor Leone Sousa, já que no mês seguinte (setembro) o mesmo atesto descreve minuciosamente o que seria servido, o Controlador citou que se pegou o modelo padrão que estaria no termo de referência e se fez o atesto, que foi assinado pelo secretário.

 

O controlador citou que a CPI dos Coffee-Breaks teria fins apenas politiqueiros.

 

Parlamentar rebate controlador e dispara “Os itens caros, só colocam para encarecer a licitação”

 

Já o vereador Ernesto Maia entrou no ar para rebater as afirmações do Controlador.

 

De acordo com o vereador, as alegações usadas por Berg Alves o deixaram espantado já que, segundo o político, o que foi dito seria uma forma, segundo ele, de tentar esconder uma suposta fraude.

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“Ele disse que o que tem na licitação é só como referência, ou seja: eles fizeram uma licitação onde se acertou com a firma da esposa de Macarrão (Josefa Ioneide), iria entregar 500 gramas (cada pratinho de frios) contendo queijo do reino, queijo provolone, mussarela, presunto, salame e acabou de dizer que aquilo é referência. Uma pessoa pode fazer a licitação dizendo que vai colocar tudo isso mas pode, por exemplo, só entregar presunto e mussarela. Por coincidência, eu estive na padaria de Lula, que não é um supermercado, e eu comprei um quilo de presunto e um de mussarela. O presunto foi R$ 18,00 e a mussarela foi R$ 22,00. Sabe quanto a prefeitura está pagando por um quilo desses frios? R$ 80,00! O controlador que veio para defender o indefensável. Se você coloca no atesto é porque recebeu, é o controle do município para que se fala o pagamento ao fornecedor. Os itens caros, eles não colocam segundo o controlador, só colocam para encarecer a licitação. Cada vez mais que o governo fala sobre esse caso, ele se enrola mais e mostra que é corrupto” – disse.

 

Ernesto também fez críticas ao secretário Joselito, citando que ele sequer poderia saber o que estaria assinando, mas que não seria isento, segundo o vereador, de culpa pelas supostas falhas.

“Quando são pegos na boca da botija, dizem que são honestos. Mas fazem e assinam” – pontuou.

Um Comentário

  1. adalto manoel disse:

    Ernesto tem razão ( apesar de não gostar de algumas atitudes deles) e o Berg Está no cargo por politicagem e não por competencia como e aqui sempre. Berg vc está sem argumento da farra da prefeitura atual.

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