19
outubro

“Essa segunda chapa retirou duas vagas do nosso grupo”, diz Narah Leandro sobre estratégias de campanha


Fotos: Janielson Santos.

A vereadora Narah Leandro (PSB) concedeu entrevista, na manhã desta quarta-feira (19), ao Programa Rádio Debate da Rádio Polo FM,  onde agradeceu os votos recebidos na última eleição e falou sobre o pleito. Ela revelou convites durante seu mandato, para trabalhos no governo do estado e a nível federal, além de sua relação com o deputado estadual Diogo Moraes (PSB).

Narah ainda respondeu sobre a polêmica em torno do aumento salarial dos vereadores e diz que a segunda ‘chapinha boca preta’, formada de última hora para eleições 2016, foi responsável matematicamente, pelo insucesso de dois vereadores da sua coligação.

A eleição

Citando, por diversas vezes, o ex-governador Eduardo Campos, Narah diz que não ficou entristecida, nem desanimada com o resultado das urnas. Ela obteve 982 votos e ficou na segunda suplência de sua coligação.

“Agora é que estou mais animada, com vontade de fazer mais, de trabalhar mais pelo nosso povo. Sinto o desejo de construir dias melhores para nossa cidade e saber trabalhar em meio às dificuldades”, disse.

Ela faz uma avaliação positiva, pelas dificuldades na coligação, que contava com políticos de carreira.

“A política tem dois debates; o político e o eleitoral, venci o debate político, conversamos com a sociedade, mostramos trabalhos, propostas e fizemos uma campanha limpa. E fomos derrotados na urnas, que não vejo com tristeza”, disse e completou mais à frente “Estava num chapão que virou chapinha, numa disputa direta com o ex-prefeito Toinho do Pará, com Nanau, Zé Elias, são grandes nomes, como Junior Gomes, Pipoca…E essa eleição reservou surpresas para todos”, diz afirmando que, em percentuais, alcançou o mesmo que alguns políticos de histórico, em eleições municipais.

Chapão e chapinhas

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Narah evitou falar em ‘justiça’, no caso da formação de uma segunda chapinha, que teve como líderes Luciano Bezerra e Ronaldo Pacas. No entanto, afirma que, sem a formação da mesma, o grupo teria eleito mais dois parlamentares.

“Quem sou eu para dizer que foi justo ou injusto? Estava na disputa, não estava em busca de facilidades. Tava pra ganhar ou perder. Tenho a maturidade para avaliar isso. Mas, se fizer uma fria avaliação, vai ver que, essa segunda chapa retirou duas vagas do nosso grupo. Simples assim, entraria eu e Zezin Buxin. A soma tirou essas duas vagas. Sobre justo ou injusto, as pessoas que fizeram essa conjuntara, devem fazer essa avaliação”, falou e completou mais à frente “São números. É matemática. Mas isso não é, para mim, um peso, ou motivo para ficar triste”.

Afastamento de Diogo?

Considerada ‘a candidata’ do deputado estadual Diogo Moraes (PSB), em 2012, Narah nega que tenha havido qualquer desentendimento ou afastamento para esta eleição.

De acordo com ela, ao mudarem de grupo em 2011, juntamente com Diogo Moraes, o parlamentar via nela a referência para a eleição, por ser a única candidata. No entanto, entende que hoje Diogo tem que dar mais atenção a todos, como deputado representando o grupo de situação.

“Hoje, Diogo é o deputado do grupo boca preta, que fez com que tivesse o compromisso, o dever ou sentisse o dever de apoiar outras pessoas também, como Jessyca, que na outra eleição, não estava tão próxima dele. Isso não interfere em nada na amizade que temos. Precisamos dar as pessoas essa liberdade de fazer o que sente que deve ser feito”, disse e completou mais à frente. “De maneira nenhuma quero atribuir culpa ou responsabilidade. Não há ruptura de amizade nenhuma com Diogo”.

Durante a campanha o deputado realizou gravações para a candidata Jessyca Cavalcante (PTN). Narah, garante que não houve negação, por parte do deputado para lhe fazer o mesmo, apenas ela não pediu.

“Eu não pedi para Diogo gravar guia eleitoral para mim, se eu tivesse pedido tenho certeza que ele faria”, diz, acrescentando que citou a colega eleita, apenas como exemplo.

Uma coisa de cada vez

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Narah não garantiu apoio ao deputado estadual Diogo Moraes (PSB), em 2018. No entanto, nega que isso tenha haver com o pleito deste ano. Segundo ela, deve ser discutido políticas pública e a cidade ano após ano, bem como as conjunturas eleitorais.

“Se for interessante, vamos pensar como se faz política. Acho um erro dizer que tem candidato para isso ou aquilo. Política não se faz olhando cargos, mas a cidade. Estamos aqui para discutir 2016, anos que vem, 2017. Enquanto a política se resumir a discutir cargos, continuaremos nos perdendo”, fala, criticando a entrevista de Carlinhos da Cohab (PTB) que diz já ter candidatos de oposição para deputado estadual e prefeito em 2018 e 2020, respectivamente.

Os apoios para as próximas eleições, passarão, segundo ela, por uma debate entre os seus pares e eleitores.

“É preciso conversar dia a dia. Hoje, estamos todos juntos e vamos estar todos conversando com Diogo, Edson, o PSB e o povo de Santa Cruz do Capibaribe, me sinto representantes de 982 eleitores”, disse.

Negativas e aumento salarial

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Ela ainda revelou que foi convidada pelo Senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), para trabalhar em sua assessoria, em Brasília, logo após a campanha de 2014. O convite teria sido feito pelo próprio senador, em Recife. Além disso, o governo do Estado também teria o mesmo interesse.

Narah ainda ratifica defesa ao governo Paulo Câmara (PSB), pelos trabalhos na cidade, citando, entre outras cosas, a Escola Técnica e a duplicação da PE-160.

Por fim, falou sobre o aumento no salário dos vereadores. De acordo com ela, de forma democrática, ouviu e seguiu a maioria dos parlamentares. Revelou que poucos vereadores entediam que o correto deveria ser de R$ 12 mil, apenas um queria ficar nos R$ 8 mil, enquanto os demais votaram pela proposta de R$ 10 mil, a qual seguiu.

“Eu seria hipócrita se dissesse que sou democrático , mas não consigo ouvir meus colegas”, falou.

Ela explicou que em 2012, foi aprovado na Câmara um salário de R$ 10 mil, mas que resolveram congelar em cerca de R$ 8 mil, aumentando apenas este ano, ficando válido para a partir da legislatura 2017.

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