17
janeiro

Prefeito de Brejo fala sobre envio de projetos que causaram acirramento de ânimos com professores e servidores


Foto: Arquivo

Na manhã desta quarta-feira, o prefeito de Brejo da Madre de Deus, Hilário Paulo (PSD, foto acima), falou sobre dois projetos que fazem alteração no atual Plano de Cargos e Carreiras dos professores e também no Estatuto dos Servidores Públicos.

Na última terça-feira (16) a Câmara de Vereadores em Brejo da Madre de Deus recebeu os dois projetos de lei enviados pelo poder executivo e, por tratar de matéria financeira, renderam fortes discussões.

Os dois seguiram para análise das comissões, porém algumas categorias entendem que estes estariam tirando direitos adquiridos, o que gerou uma novas polêmicas em sua gestão. Uma dessas categoria é, justamente, a de professores e durante o programa Cidade Notícia, da Polo FM, a representante do sindicato dos professores (Sinduprom), Luciene Cordeiro, não poupou críticas ao gestor brejense.

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Possibilidade do congelamento de salários não é rebatida pelo gestor

O prefeito foi questionado sobre as críticas da líder sindical, onde esta afirmou que, com a nova tabela fixada no projeto que altera o Plano de Cargos e Carreiras (PCC), os salários da categoria poderiam ficar congelados já que, a nova tabela, possui reduções previstas em vários níveis.

Esse congelamento, segundo Luciene, poderia acontecer por longos períodos para os funcionários efetivos até que, segundo ela, os salários dos novos profissionais pudessem acompanhar os patamares que já vigoram.

O gestor falou que o atual PCC vigente poderia inviabilizar o pagamento de funcionários no futuro, citando que só com o enquadramento dos professores, mas não respondeu as críticas feitas por Luciene.

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Não discussão do projeto com professores

Durante a entrevista, o prefeito citou que as alterações previstas no projeto não teriam sido discutidas com a categoria devido a um erro cometido por sua equipe de assessores.

“Houve um erro de nosso pessoal de assessoria porque a recomendação era que se mandasse primeiro para os sindicatos para que se houvesse uma discussão, mas eles encaminharam primeiro para a câmara. Logicamente, a câmara vai ser um fórum junto com os sindicatos, de debate, e os projetos podem sofrer adequações e melhoras” – disse.

Para ele, os projetos serão alvo de audiências públicas para mostrar, segundo ele, o porquê da necessidade das mudanças.

“Iremos abrir essa discussão, apresentar esses números e também as nossas dificuldades” – disse.

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Motivações para levar os projetos a Câmara

Mais adiante, Hilário citou, segundo ele, algumas das dificuldades do município. O mesmo citou o inchaço recente na folha salarial (com comprometimento de 79% da receita), as demissões para adequação de pessoal, dificuldades na arrecadação municipal e também, segundo ele, se parear salários de categorias que ainda estariam defasadas (inclusive citando que funcionários estariam recebendo menos que o salário mínimo).

“Vamos aguardar que esse debate seja feito entre os vereadores, entre os sindicatos e, logicamente, esperar que se chegue a um bom-senso para que possamos definir, logo no início do ano, o que será essas Leis, onde a prefeitura e nem as categorias possam ser prejudicadas hoje, amanhã e no futuro” – frisou.

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Uma pergunta: Se a intenção era discutir, porque o texto já foi enviado pronto a Câmara?

Sobre esse ponto, o gestor foi questionado se o mesmo poderia ser feito as adequações e até mesmo a pauta ser retirada da votação. Voltando a falar sobre o suposto erro que teria sido cometido por sua assessoria, ele citou que os projetos poderiam receber emendas ou um novo projeto.

“Se a gente faz a discussão com o sindicato e não faz a discussão junto aos vereadores, quando se chegasse à Câmara, poderia sofrer outras alterações. Para que a gente faça uma alteração só ou alterações, faremos no mesmo fórum; fazemos a discussão dos sindicatos e também dos vereadores, aonde lá tem a nossa proposta, que pode sofrer alterações” – disse.

Por fim, o mesmo voltou a ratificar a necessidade de discussão dos projetos com as categorias e os vereadores.

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