16
novembro

Ponderação – Janielson Santos


De quanto tempo eles precisam?

Alguns vereadores parecem não conhecer sua função e representatividade

 

Quando as urnas foram abertas e o resultado divulgado na noite de 2 de outubro de 2016, diversos questionamentos rapidamente foram realizados, quanto à qualidade técnica e política da composição eleita para Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe.

Mesmo com uma série de equívocos, deslizes e falhas, a Casa Dr. José Vieira de Araújo é reconhecida como destaque e referência para outras Câmaras do agreste pernambucano (Um sujeito mais crítico dirá que isso se deve também em virtude da carência, em vários aspectos, dessas outras casas).

Outubro de 16 era momento de prudência. Aguardar o desempenho dos novos parlamentares, bem como observar a eficiência, ou não, dos veteranos reeleitos.

Pouco mais de 2 anos depois, algumas confirmações, umas boas surpresas e uma certeza: a qualidade caiu.

Esta semana a Câmara de Santa Cruz finalizou o debate em torno do orçamento previsto de forma prioritária, para o próximo ano no município. A ‘Câmara’ é colocada aqui de forma institucional, pois uma minoria de fato contribuiu de forma direta na formatação desse documento que deve guiar as receitas e despesas do município em 2019.

As audiências foram públicas, mas com participação mínima da população. (Não tenho certeza se com um horário diferente o público seria maior, mas considero que durante o expediente de trabalho do cidadão comum, isso se torna quase impossível para muitos).

Na Câmara, por parte de quem poderia e deveria estar, mais constrangedor do que o aparente despreparo de alguns secretários, quando confrontados com dados do documento enviado pelo poder executivo (em tese, algo que deveria ser ajustado com os próprios secretários antes do envio à Câmara) foi a ausência dos vereadores.

Dois anos se passaram após o resultado em 2 de outubro de 2016 e alguns vereadores parecem não saber, não reconhecer ou não dar importância para sua função e representatividade para o município.

Participar da discussão do orçamento (em quatro audiências) não representa o ‘todo’ do trabalho parlamentar. Aliás, tá longe disso. No entanto, me parece razoável essa presença, no mínimo, em debates de temas que vão interferir, diretamente, na vida dos cidadãos.

Não preciso me prolongar para que os vereadores entendam que são peças fundamentais no debate, que são figuras centrais nas discussões sobre os investimentos e, em última instancia, são pessoas pagas para isso.

(Em tempo: Dos 17, os vereadores Jéssyca Cavalcanti, Deomedes Brito, Júnior Gomes e Ernesto Maia, participaram de forma direta todos os dias).

 

As opiniões e informações aqui expressas são de responsabilidade do autor

Um Comentário

  1. Diorgie monteiro disse:

    Parabéns pelo comentário, sucinto,sóbrio e retrata a verdade sobre os parlamentares municipais do nosso país.

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